sábado, dezembro 31, 2011
sexta-feira, dezembro 30, 2011
Aldeia de Montesinho (Trás-os-Montes)
quinta-feira, dezembro 29, 2011
segunda-feira, dezembro 26, 2011
sábado, dezembro 24, 2011
Feliz Natal
sexta-feira, dezembro 23, 2011
Ficar ou partir?
Peter Sloterdijk, Crítica da Razão Cínica. Relógio D’Água. 2011. Página 168.
domingo, dezembro 18, 2011
De Vaclav Havel
sábado, dezembro 17, 2011
sexta-feira, dezembro 16, 2011
Onde pus a esperança
domingo, dezembro 11, 2011
O escravo e o senhor

“A autolibertação do escravo deveria conduzir necessariamente, segundo uma dialéctica ideal, à libertação do senhor, das coerções do ser-senhor.”
Peter Sloterdijk, Crítica da Razão Cínica, Relógio D’Água, pág. 70
Nunca pensamos desta forma. Parece até ridículo, pensar que o senhor é, de certa maneira, um coagido, e que a coacção que sobre ele se abate equivale à sofrida pelo escravo no campo oposto. Mas parece que um certo tipo de coacção existe sobre a condição de ser-senhor: até Deus está condenado a ser imortal (dizia Agostinho da Silva) e o Destino é mais forte do que os deuses (diziam os antigos gregos). Serão os deuses, por isso, também coagidos pelo Destino? Também o carrasco, diz George Steiner, “tortura a sua vítima e condena-se desse modo a ser uma eterna vítima.” Steiner, enquanto judeu, sabe bem do que fala.
Na verdade, em primeira instância, todo o homem é, simultaneamente, escravo e senhor de si mesmo, se considerarmos que a condição de escravatura implica sempre a existência, no campo oposto, das coerções do ser-senhor. Por outras palavras: não existem escravos sem senhores e vice-versa; não existem oprimidos sem opressores. O homem acaba por ser escravo de si mesmo porque está prisioneiro dos seus apetites, paixões e necessidades fisiológicas. Mas, como não pode existir um escravo sem um senhor, então o homem é também senhor de si mesmo, porque pode determinar a todo o momento que não se verga mais aos seus apetites, paixões e necessidades. Pode libertar-se quando quiser, mas essa libertação pode ter um preço. A partir desse momento está aberto o caminho para deixar de ser homem.
Vaticínio
Arrisco! Amanhã, segunda-feira (12-12-2011), os mercados bolsistas, linha avançada das agências de notação, vão começar a metralhar as economias da zona euro. Vai abrir tudo no vermelho (ou então passar ao vermelho, depois de abrir no verde). Uma ofensiva esperada face ao ultimato da S&P, de que iria baixar as notações de mui nobres e poderosos países se não houvesse entendimento e decisões substanciais na cimeira. A desunião da União será vista como um sinal de fraqueza que os lobos financeiros irão tentar aproveitar. O rebanho está agora reunido - mas não unido -, com medo, e uma ovelha negra abandonou o redil (ou o redil será o Titanic e a ovelha negra um rato? Não são eles os primeiros a abandonar o navio?).
A guerra continua: mercados vs Eurozona: e adivinhem quem está na linha da frente. E quem está a ganhar?
Aguardemos! (Oremos?!)
sexta-feira, dezembro 09, 2011
A Europa está sem líderes?!
A desunião da União

A União Europeia encontra-se perante uma tensão dialéctica entre a velha Europa e a nova Europa. Enquanto não for resolvida esta tensão, o impasse persistirá. Enquanto a União Europeia não se libertar dos fantasmas da velha Europa, jamais será uma Europa nova.
***
A velha Europa assoma-se uma vez mais e, nestes momentos de crise, sussurra aos ouvidos dos europeus e acicata-lhes as consciências. Alguns líderes políticos como James Cameron acenam com o velho linguarejar do veto em nome da defesa dos interesses nacionais (na verdade interesses neoliberais), como se fosse necessário proclamá-lo em alta voz. Teme que o directório franco-teutónico, pela alteração dos tratados, forme uma espécie de Império Continental e a partir daí ameace os interesses britânicos. Voltam a soar mais fortes os clarins dos velhos nacionalismos - “Deutschland, Deutschland über alles!”, "Rule, Britannia!", etc. – cantados pela velha Europa na sua cacofonia de línguas que a todos ensurdece e desentende. Instalou-se a desconfiança entre os povos. O som cadenciado das botas cardadas, marchando sob o Arco do Triunfo numa tarde de Junho ainda está presente. Na Europa somos todos estrangeiros, somos todos “outros” e é isso que nos separa. Se nos agarrarmos a isso então é melhor esquecer o projecto de união dos povos desavindos.
Encontramo-nos portanto à beira da desunião, para gáudio dos norte-americanos. Triste espectáculo! É só ligar a CNN e verificar como se comprazem diariamente em parodiar a vitória da velha Europa sobre a nova. Eles começam a acreditar, no seu íntimo, que a União Europeia jamais se converterá nos Estados Unidos da Europa. Os europeus não se entendem. Chegada a hora da verdade, mostram-se divididos e hesitam em dar o passo que poderia levar ao nascimento de uma nova Europa.
domingo, dezembro 04, 2011
.
quinta-feira, dezembro 01, 2011
Alvorada na Mancha

Etiquetas
- . (3)
- 25 de Abril (9)
- Acordo Ortográfico (1)
- Açores (1)
- Adelino Maltez (2)
- Adriano Moreira (7)
- Afeganistão (5)
- Afonso de Albuquerque (1)
- África (9)
- Agamben (2)
- Agostinho da Silva (9)
- Água (1)
- Agustina Bessa-Luís (1)
- Alcácer do Sal (2)
- Alcochete (1)
- Alepo (1)
- Alexandre Farto (1)
- Algarve (15)
- Alienação (1)
- Allan Bloom (1)
- Ambiente (55)
- América (1)
- Amy Winehouse (1)
- Âncoras e Nefelibatas (1)
- Andaluzia (7)
- Angola (1)
- Ano Novo (2)
- António Guerreiro (2)
- Antropoceno (2)
- Antropologia (3)
- Arafat (1)
- Aristides de Sousa Mendes (1)
- Aristóteles (3)
- Arqueologia (1)
- Arquíloco (1)
- Arrábida (2)
- Arte (10)
- Arte Etrusca (1)
- Astronomia (10)
- Atletismo (3)
- Attenborough (1)
- Babel (3)
- Banksy (2)
- Baudelaire (1)
- Bauman (23)
- Benfica (1)
- Bento de Jesus Caraça (3)
- Bernini (1)
- Bertrand Russel (1)
- Blogosfera (9)
- Blogues (3)
- Boas-Festas (1)
- Boaventura Sousa Santos (4)
- Bob Dylan (1)
- Brasil (4)
- Brexit (4)
- Bruegel (1)
- Cão d' Água (1)
- Capitalismo (5)
- Caravaggio (2)
- Carl Orff (1)
- Carlo Bordoni (1)
- Céline (1)
- Cervantes (2)
- Charles Darwin (1)
- Charles Trenet (1)
- Chesterton (1)
- Chico Buarque (1)
- China (2)
- Chris Jordan (2)
- Cícero (3)
- Cidade (1)
- Ciência (12)
- Ciência e Tecnologia (5)
- Ciência Política (2)
- Cinema (1)
- Citações (97)
- Civilizações (8)
- Clara Ferreira Alves (3)
- Claude Lévy-Strauss (3)
- Coleridge (1)
- Conceitos (1)
- Conquista (1)
- Cormac McCarthy (4)
- Cornelius Castoriadis (4)
- Crise (2)
- Crise financeira (1)
- Crítica literária (1)
- Cultura (4)
- David Bowie (1)
- David Harvey (8)
- David Landes (1)
- Dedos famosos que apontam (5)
- Democracia (4)
- Demografia (1)
- Desabafos (3)
- Descartes (1)
- Desemprego (1)
- Desenvolvimento (2)
- Desporto (10)
- Diversão (1)
- Don Delillo (1)
- Dudley Seers (1)
- Dulce Félix (1)
- E.O. Wilson (3)
- Eça de Queirós (1)
- Economia (67)
- Eduardo Lourenço (2)
- Educação (30)
- Edward Soja (2)
- Einstein (1)
- Elias Canetti (1)
- Elites (1)
- Embirrações (2)
- Emerson (1)
- Empédocles (1)
- Ensino (7)
- Escultura (6)
- Espanha (2)
- Espuma dos dias (5)
- Ésquilo (1)
- Estado Islâmico (1)
- Estranhos dias os nossos (2)
- Ética (10)
- EUA (12)
- Eugénio de Andrade (1)
- Europa (16)
- Famosos Barbudos (1)
- Fauna (39)
- Feira do Livro (1)
- Férias (2)
- Fernando Pessoa (13)
- Ficção (1)
- Fidel Castro (3)
- Figueiras (1)
- Filosofia (56)
- Finanças (1)
- Flora (11)
- Fotografia (77)
- Foucault (5)
- França (5)
- Fukuyama (2)
- Futebol (15)
- Gabriel García Márquez (2)
- Garcia Lorca (2)
- Geografia (20)
- Geologia (1)
- Geopolítica (12)
- George Steiner (13)
- Gerês (1)
- Globalização (15)
- Gonçalo Cadilhe (2)
- Gore Vidal (3)
- Goya (1)
- Gramsci (1)
- Grandes Aberturas (8)
- Grécia (2)
- Grécia Antiga (10)
- Guadiana (5)
- Guerra (17)
- Guterres (1)
- Handel (1)
- Hannah Arendt (1)
- Harold Bloom (2)
- Hayek (1)
- Henri Lefebvre (1)
- Henrique Raposo (1)
- Heraclito (5)
- Heródoto (5)
- Hesíodo (7)
- Hillary Clinton (1)
- Hino (2)
- História (15)
- Hobsbawm (3)
- Homenagem (7)
- Homero (4)
- Horácio (1)
- Hubert Reeves (1)
- Hugo Chávez (3)
- Humanismo (2)
- Ideologia (7)
- Ignacio Ramonet (2)
- Ilíada (1)
- Imprensa (1)
- Internacional (31)
- Iraque (1)
- Islão (3)
- Israel (3)
- Jacques Barzun (1)
- James Knight-Smith (1)
- Japão (4)
- Jared Diamond (1)
- Jean Fouquet (1)
- Jihadismo (1)
- João Luís Barreto Guimarães (1)
- João Salgueiro (1)
- Jogos Olímpicos (10)
- John Keegan (1)
- John Locke (1)
- Jornalismo (2)
- José Gil (4)
- Joseph Conrad (3)
- Karl Polanyi (3)
- Karl Popper (1)
- Kazuo Ishiguro (1)
- Kolakowski (1)
- Kropotkin (1)
- Krugman (1)
- Langston Hughes (1)
- Lavoisier (1)
- Leituras (9)
- Leonardo da Vinci (2)
- Liberalismo (3)
- Liberdade (4)
- Lipovetsky (4)
- Lisboa (2)
- Literatura (8)
- Livros (49)
- Lorca (3)
- Madeira (1)
- Madrid (1)
- Málaga (1)
- Manuel António Pina (1)
- Máquinas (6)
- Marc Augé (1)
- Marcelo Rebelo de Sousa (1)
- Marco Aurélio (1)
- Maria Filomena Mónica (2)
- Marilyn (1)
- Mário Soares (1)
- Marte (3)
- Martin Landau (1)
- Martin Page (2)
- Marx (8)
- Matemática (1)
- Máximas pessoais (3)
- Medeiros Ferreira (1)
- Media (3)
- Melville (2)
- Memória Esquecida (6)
- Miguel Ângelo (1)
- Miguel de Unamuno (2)
- Miguel Esteves Cardoso (1)
- Miguel Torga (4)
- Minho (1)
- Mitologia (2)
- Moçambique (1)
- Modernidade (3)
- Morin (1)
- Mozart (1)
- Música (12)
- Nagasaki (1)
- Naide Gomes (1)
- Nanni Moretti (1)
- Natal (3)
- Natureza (1)
- Navios (2)
- Nazismo (1)
- Nelson Évora (1)
- Neoliberalismo (64)
- Niall Ferguson (3)
- Nietzsche (8)
- Norman Davies (2)
- Notícia (2)
- Notícias do milagre económico (2)
- Nova Iorque (1)
- O Neoliberalismo no seu Estertor (19)
- O neoliberalismo no seu melhor (8)
- Obama (4)
- Opinião (2)
- Oppenheimer (1)
- OqueStrada (1)
- Orlando Ribeiro (3)
- Ortega y Gasset (8)
- Orwell (2)
- Os touros querem-se vivos (2)
- Paco de Lúcia (1)
- Padre António Vieira (2)
- Paisagem (24)
- Paleontologia (2)
- Palestina (1)
- Palmira (1)
- Papa Bento XVI (4)
- Paquistão (2)
- Para memória futura. Ambiente. (1)
- Paris (2)
- Partidas (31)
- Pascal (1)
- Pensamentos (44)
- Peter Sloterdijk (28)
- Phil Hansen (1)
- Píndaro (1)
- Pino Daeni (1)
- Pintura (74)
- Platão (3)
- Plutarco (1)
- Poder (1)
- Poe (1)
- Poemas da minha vida (3)
- Poesia (87)
- Política (153)
- Política Internacional (1)
- Porto (17)
- Portugal (52)
- Portugal é Paisagem e o Resto é Lisboa (7)
- Portugueses (4)
- Pós-modernidade (2)
- Praia do Carvalhal (1)
- Pré-socráticos (1)
- Presidente Cavaco (23)
- Raça (1)
- Rachmaninov (1)
- Rafael (3)
- Reflexões sobre Reflexões (1)
- Reino Unido (5)
- Relações Internacionais (3)
- Religião (22)
- Rembradt (1)
- Rentes de Carvalho (4)
- Respeito (2)
- Revolução Industrial (1)
- Revoluções (5)
- Richard Dawkins (4)
- Robert Capa (2)
- Rocha Pereira (1)
- Rodin (2)
- Roma (7)
- Rússia (1)
- Safo (1)
- Sal da Língua (1)
- Salazar (2)
- Samuel Barber (1)
- Sebastião Salgado (1)
- Século XX (2)
- Séneca (3)
- Sevilha (4)
- Sexta Extinção (1)
- Simões Lopes (1)
- Sionismo (1)
- Síria (8)
- Socialismo (1)
- Sociedade (18)
- Sociologia (10)
- Sócrates (1)
- Sófocles (2)
- Sólon (2)
- Sorolla (1)
- Stiglitz (1)
- Sublinhado (24)
- Suiça (1)
- Suzanne Collins (1)
- Tabucchi (1)
- Telavive (1)
- Televisão (1)
- Terrorismo (10)
- Thomas Friedman (2)
- Thomas Kuhn (1)
- Titã (1)
- Tocqueville (1)
- Toledo (2)
- Tom Lea (1)
- Tony Judt (10)
- Transformações Sócio-Culturais (1)
- Triste País (1)
- Trump (10)
- Turquia (1)
- Ulrich Beck (6)
- Umberto Eco (7)
- União Europeia (21)
- Universidade (1)
- Utopia (1)
- Vargas Llosa (1)
- Vasco da Gama (1)
- Vasco Graça Moura (1)
- Vasco Pulido Valente (4)
- Verão (5)
- Viriato Soromenho-Marques (1)
- Vital Moreira (1)
- Vítor Gaspar (1)
- Viviane Forrester (1)
- Vulcões (4)
- walt whitman (5)
- Xenofonte (1)
- Yuval Harari (3)
- Zizek (2)
- Zweig (6)
