Water, water, every where, And all the boards did shrink; Water, water, every where, Nor any drop to drink.
Samuel Taylor Coleridge, The Rime of the Ancient Mariner (excerto)
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Buscamos avidamente por água.
Água, água, por todos os lados,
Mas nem uma gota para beber.
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Em Marte, há vestígios de água por todo o lado, mas onde está a água? Tem de estar nalgum lado. Não há fumo sem fogo. Ou sob a forma líquida no subsolo, ou sob a forma gasosa - humidade atmosférica [impossível, pensando bem] -, ou ainda sob a forma sólida, escondida do nosso olhar, para além daquele gelo já descoberto nos pólos. Mas ela tem de estar nalgum lado. Afinal, na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
Vivemos todos, neste mundo, a bordo de um navio saído de um porto que desconhecemos para um porto que ignoramos; devemos ter uns para os outros, uma amabilidade de viagem.
Os rios de Titã, um dos satélites de Saturno, são de metano líquido e as redes hidrográficas do planeta assemelham-se às terrestres, com os seus meandros. Existem também lagos de metano líquido.