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sábado, março 23, 2019

A poesia visita as mentes com o fulgor de um raio

Heinrich Heine e a Musa da Poesia, 1894–1894
Georges Moreau de Tours

O poeta (como o homem moral na sua acção, que nunca é isenta de alguma impureza) sofre com as manchas que percebe na sua obra e gostaria de as remover a todas, até ao mais ínfimo vestígio […] Mas a poesia visita as mentes com o fulgor de um raio e o trabalho humano tenta segui-la, atraído, fascinado por ela e dela colhe o que pode e, em vão, pede que fique e se deixe remirar em todos os traços do rosto, mas ela já vai longe.  

Croce, A Poesia (1936), citado por Umberto Eco, Aos Ombros de Gigantes, Gradiva, 2018, p. 298.

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