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segunda-feira, outubro 02, 2023

quarta-feira, julho 10, 2019

Do livro negro do cristianismo



Quando os talibans eram os cristãos. O que o cristianismo militante fez ao mundo clássico não tem perdão. Um excelente livro.


O atraso e a ignorância a que a escolástica e a dogmática cristã sujeitaram o mundo não tem perdão. Outro excelente livro.

Como é que alguém que ama o mundo clássico e a Ciência pode continuar a considerar-se cristão depois de tudo o que é narrado aqui?

A leitura continua.

domingo, dezembro 13, 2015

Os ismos

«Nas ciências naturais o objectivo, é encontrar a verdade objectiva, e não espalhar visões do mundo subjectivas (ideologias), que são, na sua maioria, de natureza religiosa ou política. Por conseguinte, em ciência deveriam evitar-se, tanto como possível, termos findos no sufixo – ismo.»

Ulrich Kutschera, Biologia Evolutiva, Fundação Calouste Gulbenkian, 2013, pág. 127.
(a propósito do darwinismo)

Ideologias religiosas e políticas, essa trampa. Cristianismo, islamismo, fascismo, comunismo, capitalismo, cada qual com a sua verdade. Verdade contra verdade, visão contra visão, credo contra credo. Nada foi mais mortífero ao longo da história da Humanidade do que as ideologias. Unem, é certo, mas dividem também, e violentamente. Cada uma quer impor as suas visões do mundo às demais. Travam batalhas pelas consciências.

Pois o mundo seria provavelmente um lugar bem melhor se não existissem as ideologias.

domingo, setembro 21, 2014

Ciência e interesses

Não há uma ciência independente, que procure desinteressadamente a verdade. Também a ciência e o cientista precisam de ganhar o seu pão. Também o cientista tem os seus patrões.

Assim, enquanto determinados campos da ciência são desbravados de forma mais célere, para dar resposta às encomendas dos interesses e dos poderes instalados, ao serviço dos quais os cientistas laboram, outros existem que continuam por desbravar, ainda ocultos pelos matagais misteriosos do desconhecido.

domingo, abril 13, 2014

E na página 260, reza assim

E na página 260 lá encontramos inesperadamente Portugal, num livro de divulgação científica sobre a história da evolução humana e das sociedades.

Reza assim:

«Estudos adicionais sugerem (mas ainda não o provaram de forma conclusiva) que o nivelamento é benéfico mesmo para as sociedades modernas mais avançadas. Aquelas que mais fazem pela qualidade de vida dos seus cidadãos, da educação aos cuidados de saúde, do controlo do crime à preservação da auto-estima colectiva, são as que têm uma diferença menor entre os rendimentos dos cidadãos mais abastados e dos mais pobres. Entre 23 dos países mais ricos do mundo e estados individuais dos EUA, de acordo com uma análise de 2009 efectuada por Richard Wilkinson e Kate Picket, o Japão, os países nórdicos e o estado americano de New Hampshire têm simultaneamente o mais estreito diferencial de riqueza e a média mais alta de qualidade de vida. No fundo da tabela estão o Reino Unido, Portugal e o resto dos EUA.»

Edward Wilson, A Conquista da Terra: a Nova História da Evolução Humana, Clube do Autor, 2013. Págs. 259-260.
(o destaque é nosso)
***

Nem quando nos embrenhamos na leitura de um livro de divulgação científica de um entomologista escapamos ao opróbrio de constatar que somos (éramos em 2009 e somos ainda) uma das mais desiguais sociedades do mundo. Nem a leitura de uma obra que julgávamos afastar-nos da espuma dos dias, consegue afinal alhear-nos desta vil realidade, cada vez mais cavada pelas “elites” terratenentes e reaccionárias que nos dirigem. É tão evidente que salta à vista. Até nos livros de divulgação científica de um entomólogo! Lá está, na página 260: o nome do meu país. Ah, mas ombreamos com esses países que são a cumeada do capitalismo neoliberal mais extremo, civilizadíssimos, os países do tea party e dos lords: o Reino Unido e os EUA (o resto).

Ah, grande piolheira!

***

Sorrio quando verifico que à luz neoliberal, todo o livro é sobre uma quimera, uma abstracção, uma coisa que não existe: a evolução das sociedades. Nas palavras da ida, mas não saudosa Margaret Tatcher, a sociedade é uma abstracção, é coisa que não existe. Cá está então um livro sobre a evolução de coisa nenhuma.


E quando vejo o meu país, assim contextualizado, aflora-me sempre à memória aquele verso do O’Neil "...ó Portugal, se fosses só três sílabas de plástico, que era mais barato!"

sábado, março 15, 2014

Um excelente livro, com dois erros a corrigir

"Ao actual ritmo de extinção perder-se-á até ao fim do século metade das espécies actualmente existentes. Há, certamente, qualquer coisa com que nos devemos inquietar..."

Hubert Reeves, Onde Cresce o Perigo Surge Também a Salvação,Gradiva.2014. pág.90

"Não haverá respeito entre os seres humanos enquanto não respeitarmos os seres não humanos."

Hubert Reeves, Onde Cresce o Perigo Surge Também a Salvação,Gradiva.2014. pág.139


Hubbert Reeves ainda escreve, e que bem escreve. Para nosso deleite, consegue encantar-nos e ao mesmo tempo alertar-nos com a sua divulgação científica e activismo ambiental. Já não lia uma obra sua desde Um Pouco Mais de Azul, edição de 1986, um livro que me era dedicado: “Este livro é dedicado a todas as pessoas maravilhadas com o mundo”, dizia no início. Maravilhado com o mundo, porém decepcionado com o Homem, que transforma o mundo numa latrina. É uma contradição. O Homem está no mundo. O Homem é obra da Natureza. O Homem é por isso Natureza, e este dualismo Homem/Natureza é ilusório. Mas adiante. Resolvi agora ler, neste longínquo 2014, o seu livro Onde Cresce o Perigo Surge Também a Salvação.


Onde Cresce o Perigo Surge Também a Salvação é uma excelente obra, que se lê num ápice, mas contém dois erros tão evidentes, que o revisor científico deveria ter dado por eles: coloca a camada de ozono na ionosfera e esta a 50 km de altitude (pág. 54) e a Nova Zelândia no Índico (pág. 84). Enfim, duas pequenas manchas que não estragam a obra. O livro recebeu o Grande Prémio Ciência Viva!

sábado, agosto 03, 2013

Entretanto na Terra

       Um sapo, algures na Terra (Indonésia).                                 Foto de: Penkdix Palme et al.

«A humanidade não precisa de uma base lunar ou de uma viagem tripulada a Marte. Precisamos de uma expedição ao planeta Terra, onde provavelmente menos de 10 por cento das formas de vida são conhecidas da ciência e, delas, menos de 1 por cento foram estudadas para além de uma simples descrição anatómica e de algumas notas sobre a sua história natural.»


E. O. Wilson, A Criação, Um Apelo para Salvar a Terra, Gradiva, 2007, p. 155.

Water, water, everywhere

     Busca por água perto dos Vales do Tejo (nos desertos de Marte), ESA

Water, water, every where,
And all the boards did shrink;
Water, water, every where,
Nor any drop to drink.

            Samuel Taylor Coleridge, The Rime of the Ancient Mariner (excerto)


***
Buscamos avidamente por água.
Água, água, por todos os lados,
Mas nem uma gota para beber.
***

Em Marte, há vestígios de água por todo o lado, mas onde está a água? Tem de estar nalgum lado. Não há fumo sem fogo. Ou sob a forma líquida no subsolo, ou sob a forma gasosa - humidade atmosférica [impossível, pensando bem] -, ou ainda sob a forma sólida, escondida do nosso olhar, para além daquele gelo já descoberto nos pólos. Mas ela tem de estar nalgum lado. Afinal, na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.

domingo, julho 22, 2012

Redes hidrográficas em Titã



Os rios de Titã, um dos satélites de Saturno, são de metano líquido e as redes hidrográficas do planeta assemelham-se às terrestres, com os seus meandros. Existem também lagos de metano líquido. 

domingo, novembro 20, 2011

Bye, bye, Einstein!

Com que então, não há nada mais rápido do que a luz?!

Os neutrinos não só são mais rápidos como são "bem mais rápidos" segundo se diz AQUI.

E assim cai por terra a teoria da relatividade.

Sic transit gloria mundi!

quarta-feira, setembro 07, 2011

Nem cruz, nem espada, nem ouro


Ali não há povos a converter ou a submeter pela espada, nem ouro sequer, para traficar. Nem cruz, nem espada, nem ouro.

Ali o Império tarda.

***


Passaram 39 anos desde a Apolo 17.

domingo, maio 23, 2010

Observemos perplexos a vida que criámos

Quais alquimistas?! Qual ouro?! Criámos vida! A Vida procura a vida e se não a encontra, tenta criá-la.

No início do século XXI o Homem transformou-se. Fez-se a si mesmo Homem-deus. Criador de mundos. Destruidor de mundos.

E agora o que fazer com a vida criada? Libertar-se-á a vida criada do seu criador, qual obra de Dr. Frankenstein, aprendiz de feiticeiro, alquimista, Homem-deus? Será um monstro à solta no Universo, ou apenas vida? Teremos aberto outra caixa de Pandora? A Vida procura sempre a vida. E se não a encontra?

A Vida liberta-se e procura manter-se contra a Morte (e não me falem em pulsões de morte). Na verdade este universo, quiçá o único, é pleno de histórias, encontros e recontros de vidas. Colisões de mundos!

Criámos vida! E agora?

Observemos perplexos a vida que criámos.

quinta-feira, setembro 24, 2009

Água na Lua


Foi descoberta água na lua. Ver aqui.

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