"Ao actual ritmo de
extinção perder-se-á até ao fim do século metade das espécies actualmente
existentes. Há, certamente, qualquer coisa com que nos devemos inquietar..."
Hubert Reeves, Onde Cresce o Perigo Surge Também a Salvação,Gradiva.2014.
pág.90
"Não haverá respeito entre os seres humanos enquanto não respeitarmos os
seres não humanos."
Hubert Reeves, Onde Cresce o Perigo Surge Também a Salvação,Gradiva.2014.
pág.139
Hubbert Reeves ainda escreve, e que
bem escreve. Para nosso deleite, consegue encantar-nos e ao mesmo tempo
alertar-nos com a sua divulgação científica e activismo ambiental. Já não lia
uma obra sua desde Um Pouco Mais de Azul,
edição de 1986, um livro que me era dedicado: “Este livro é dedicado a todas as pessoas maravilhadas com o mundo”,
dizia no início. Maravilhado com o mundo, porém decepcionado com o Homem, que
transforma o mundo numa latrina. É uma contradição. O Homem está no
mundo. O Homem é obra da Natureza. O Homem é por isso Natureza, e este dualismo
Homem/Natureza é ilusório. Mas adiante. Resolvi agora ler, neste longínquo
2014, o seu livro Onde Cresce o Perigo Surge
Também a Salvação.
Onde Cresce o Perigo Surge Também a Salvação é uma excelente obra,
que se lê num ápice, mas contém dois erros tão evidentes, que o revisor
científico deveria ter dado por eles: coloca a camada de ozono na ionosfera e esta
a 50 km de altitude (pág. 54) e a Nova Zelândia no Índico (pág. 84). Enfim,
duas pequenas manchas que não estragam a obra. O livro recebeu o Grande Prémio Ciência Viva!