domingo, maio 28, 2023
sábado, abril 29, 2023
Balada para os poetas andaluzes de hoje
«Me marché con el puño cerrado… Vuelvo con la mano abierta.»
RA
«Balada para los poetas Andaluces de hoy»
¿Qué cantan los poetas andaluces de ahora?
¿Qué miran los poetas andaluces de ahora?
¿Qué sienten los poetas andaluces de ahora?
Cantan con voz de hombre, ¿pero dónde los hombres?
Con ojos de hombre miran, ¿pero dónde los hombres?
Con pecho de hombre sienten, ¿pero dónde los hombres?
Cantan, y cuando cantan parece que están solos.
Miran, y cuando miran parece que están solos.
Sienten, y cuando sienten parece que están solos.
¿Es que ya Andalucía se ha quedado sin nadie?
¿Es que acaso en los montes andaluces no hay nadie?
¿Que en los mares y campos andaluces no hay nadie?
¿No habrá ya quien responda a la voz del poeta?
¿Quien mire al corazón sin muros del poeta?
¿Tantas cosas han muerto que no hay más que el poeta?
Cantad alto. Oiréis que oyen otros oídos.
Mirad alto. Veréis que miran otros ojos.
Latid alto. Sabréis que palpita otra sangre.
No es más hondo el poeta en su oscuro subsuelo
encerrado. Su canto asciende a más profundo
cuando, abierto en el aire, ya es de todos los hombres.
Rafael Alberti.
De: «Ora marítima» – 1953
***
Balada para os poetas andaluzes de hoje
Que cantam os poetas andaluzes da agora?
Que olham os poetas andaluzes da agora?
Que sentem os poetas andaluzes da agora?
Cantam com voz de homem, - mas onde estão os homens?
Com olhos de homem olham, - mas onde estão os homens?
Com peito de homem sentem, - mas onde estão os homens?
Cantam e quando cantam parece que estão sós.
Olham e quando olham parece que estão sós.
Sentem e quando sentem parece que estão sós.
Será que a Andaluzia está já sem ninguém?
Nos montes andaluzes não haverá ninguém?
Nos mares e campos andaluzes não haverá ninguém?
Não haverá já quem responda à voz do poeta?
Quem olhe o coração sem muros do poeta?
Tantas coisas morreram que não há mais que o poeta?
Catai alto. Ouvireis que ouvem mais ouvidos.
Olhais alto. Vereis que olham outros olhos.
Pulsai alto. Sabereis que palpita um outro sangue.
Não é mais fundo o poeta em seu subsolo escuro
encerrado. Seu canto ascende mais profundo
quando, aberto, no ar, é de todos os homens.
Rafael Alberti (trad. por José Bento)
Antologia da Poesia
Espanhola Contemporânea, Assírio e Alvim, 1985
***
Nunca
ᴪ ᴪ ᴪ ᴪ ᴪ
O fim é certo como o destino.
sexta-feira, abril 28, 2023
O Douro
Porto, Dezembro de 2022 © AMCD
O Douro
Não é a tristeza que encontro
Quando caminho pela margem
Do Douro, no Porto.
O seu vinho, as suas gentes e os verdes olhos das minhotas,
Aquecem-me o coração.
Nem o céu plúmbeo
Me pesa.
Ali consigo esquecer a dor.
Como um ópio que me invade o corpo,
Uma aguardente.
Esqueço tudo,
Até a solidão.
quinta-feira, abril 27, 2023
Píncaro adiado
No píncaro do território de Portugal Continental jazem duas torres degradadas e uma promessa recente: “Investimento de €30 milhões cria um observatório, residências científicas, áreas comerciais e um teleférico para ligar três aldeias do maciço central”. Assim reza o subtítulo da notícia do semanário Expresso. Reparai no tempo do verbo criar. Deveria ler-se “criará” ou “irá criar”. Não! A coisa já está feita!
Eis o expoente máximo de um país, num dos seus lugares mais simbólicos: degradação e promessas.
Amanhã é que é.
quarta-feira, abril 26, 2023
Medvedev no epicentro
O futebol é a
zombaria da guerra, campal ou política.
(Ortega y Gasset)
Medvedev arenga no hangar:
5 000º Kelvin, calor nuclear,
350 m/s, a deslocação do ar
(e tudo o vento levou, no epicentro nuclear)
Radiação penetrante, radiação ionizante
Impulso electromagnético, explosão nuclear.
Arenga o Medvedev, que nos quer intimidar.
Tenham medo, muito medo.
Ui, ui, que medo, Medvedev.
(Faz isso não)
(Enquanto isso, a Europa vira o cu a Medvedev
E abanca no estádio, que é dia de futebol.)
Vá falando Medvedev, vá falando.
Arengando, não faz mal.
Cova da Beira ao alvorecer
Alvorada em Abril, na Cova da Beira AMCD ©
Quando tiver de zarpar, fá-lo-ei pela alvorada. Rumarei a Oriente, pela terra imaculada.
terça-feira, abril 25, 2023
“Investir no nosso planeta”
Lido no Público de 21 de Abril:
«Num artigo publicado em Fevereiro, investigadores chilenos mostram
que os seres humanos e os animais domésticos e pecuários superam em muito os animais
selvagens, que representam 6% da biomassa de mamíferos da Terra.»
Maria Amélia Martins-Loução, “Investir no nosso planeta”, Público 21/04/2023, pág. 27
***
Tem-se investido no planeta, que
consideramos nosso, contudo nem o planeta é nosso (quem somos nós para
nos apropriarmos dele? E, no entanto, é isso que fazemos, vezes sem conta, sem
nos apercebermos que nós é que somos do planeta), nem se tem investido pelo
planeta. Mas muito se investe no planeta: em ranchos e unidades industriais,
unidades agro-pecuárias, criação de cães e gatos, vacas e porcos, construção de
minas e unidades de extracção de combustíveis fósseis. Eucaliptais, palmeirais,
extensos campos de soja, modernas frotas de pesca. O planeta está cheio de
investidores, gestores, empreendedores, visionários do potencial ganho a retirar
do “capital natural” e ecossistémico, neoliberais e “homens do futuro”, para
parafrasear Sloterdijk, aqui.
As palavras “investir”, “gerir”
remetem para o léxico científico económico e empresarial. O “património
natural”, como bem diz a professora, é delapidado, porque os investidores acima
referidos não o veem como tal. Para eles, o “património natural” é “capital
natural”. Um filão a explorar.
Talvez precisemos de uma revolução
no pensamento: deixar de considerar nosso o planeta – a vida que nele habita,
entre a qual nos contamos, e a que estamos a destruir, pertence ao planeta. Talvez
não se trate de gerir o planeta, mas de zelar por ele, impor vastos
espaços onde os cobiçosos gestores não ponham a pata (perdoem-me a expressão
plebeia). Dirão que a determinação desses espaços, livres da acção e do olhar
cobiçoso do capitalista, também passa por uma gestão do espaço. Sim, mas talvez
seja necessário algo mais do que uma simples gestão.
25 de Abril em 2023
Hoje discursam amigos e inimigos da Liberdade. Ouço-os na assembleia. A Liberdade e a Democracia assim o permitem.
segunda-feira, abril 24, 2023
Para quem não sabe o que o neoliberalismo é
Detalhe da capa do semanário Expresso, 14 de Abril de 2023
(excepto o balão amarelo e o rectângulo vermelho, que são destaques nossos )
***
E é escusado argumentar com esta gente. Para eles o neoliberalismo é um credo, e, portanto, são surdos a qualquer contra-argumento racional ou científico.
Como uma erva daninha, o credo neoliberal defendido pelos lacaios das elites dominantes em jornais mui burgueses e liberais como o Expresso - burguesitos à espera das migalhas caídas da mesa do patrão e de um afago na sua fiel e canina cabeça – teima em medrar, ainda que denunciado vezes sem conta na sua injustiça.
Diga-se de passagem, que não são todos os que lá escrevem, mas nós sabemos quem são esses “alegres papagaios” e eles também sabem quem são. Os de servil escrita.
sábado, abril 22, 2023
O crepúsculo das estâncias invernais
Serra da Estrela, Abril de 2023 © AMCD
O Inverno retira-se uma vez mais,
até um dia deixar de regressar. Tanto aqui como nas estâncias alpinas e noutras
montanhas das latitudes médias, assistimos ao crepúsculo das estâncias invernais.
A paisagem sempre mudou inevitavelmente, e agora, aceleradamente. Os helvéticos já se
debatem com o retrocesso dos glaciares. Preciosos glaciares. Recursos
turísticos perdidos para todo o sempre. E nós, nesta serra, que não se alça
aos 2 000 metros de altitude, ansiamos pela neve, mas a neve já não vem.
sexta-feira, abril 21, 2023
O urso da serra
Serra da Estrela, Abril de 2023 © AMCD
Lá em cima, na serra, há um urso contemplativo e melancólico, principalmente se for observado a partir de um certo ângulo. Mas atenção à aproximação, não vá o animal espantar-se e sair por ali a correr espavorido, acabando por rebolar pelas encostas.
sábado, fevereiro 25, 2023
Roma
Ferdinand Addis, Roma, História da Cidade Eterna, Crítica, 2022.
⭐⭐⭐⭐⭐
Eis-nos
lançados nas ruas de uma cidade antiga. Tão antiga que se diz eterna. Ali nos
cruzamos com personagens de todas as eras. Assistimos às assembleias entre a
plebe, frente ao templo de Júpiter, no topo do monte Capitolino. Vimos passar César
na sua biga triunfal e o escravo que, atrás dele, de vez em quando se lhe assoma ao ouvido para lhe murmurar que é apenas um homem, à passagem entre a multidão que o aclama como se fosse um deus.
Ali
nos cruzámos com Marco Aurélio, Séneca, Ovídio e Nero e muitos mais. Mas não
ficámos apenas naquele tempo romano. Acabamos por atravessar os tempos,
naquela cidade. Chegámos a combater entre os camaradas de Garibaldi. Também ali deparámos
com Mussolini, já no século XX, uma besta sexual com o QI de um sapo. Ele e a
sua última amante, executados e dependurados. E Fellini e a sua Dolce Vita.
A
história de Roma é também a história da civilização Ocidental. Está embrenhada
nela. Vindos da recém-descoberta América, os marinheiros de Colombo inauguram a
propagação da sífilis pela cidade das prostitutas. Isto para dizer que também
as longínquas descobertas ecoaram nas ruas e nas vidas dos cidadãos de Roma.
Muito
haveria para contar dos ilustres personagens que desfilaram na história da
cidade.
Ferdinand
Addis consegue colocar-nos lá, no espaço e no tempo. Viajamos por Roma desde a sua origem até ao século XX e com os romanos. Somos espectadores, somos participantes.
Um
livro excelente, repleto de acção e movimento, dinâmico, que se lê como um
romance.
*****
Uma
passagem:
«Enquanto
os godos recuavam, as balistas nas muralhas entraram em acção. Estas eram uma
espécie de bestas gigantescas: máquinas de arremesso de flechas com dois braços
equipados com molas de torsão, capazes de disparar virotes curtos e grossos a
distâncias além do que a vista alcançava. Estas máquinas aterrorizavam os godos.
Na Porta Salária, por onde a velha estrada do sal saía da cidade, um nobre godo
que se afastou demasiado das suas linhas foi atingido por um virote disparado
por uma equipa de balista com a pontaria afinada. O virote trespassou-lhe a
couraça e pregou-o a uma árvore, deixando-o a baloiçar-se e a contorcer-se,
enquanto os godos mais próximos, demasiado assustados para o ajudarem,
tropeçaram uns nos outros com a pressa de ficarem fora do alcance.»
Ferdinand Addis, Roma, História da Cidade Eterna, Crítica, 2022, pp. 244-245
terça-feira, fevereiro 21, 2023
Os dias do fim
Canção
O último pássaro
canta nos álamos.
A luz fatigada
tropeça nos ramos.
A terra é apenas
memória de lábios.
Ah, canta, canta,
rouxinol da água.
Eugénio de Andrade (1961)
***
Um dos poemas para estes dias é a canção do último pássaro. É difícil discernir o espírito do tempo em que vivemos quando vivemos neste tempo. O que virá? O precipício sobre o mar rumorejante ou a luz dos prados verdejantes? Já cantarão os últimos pássaros neste planeta fatigado, de solo ressequido? Um último rouxinol canta antes da longa noite escura?
O que
virá?
O silêncio.
A Terra nem memória será.
Epílogo
Devastámos a Terra, conspurcámos o mar, poluímos o céu. Nem
as profundezas e os abismos escaparam ao fluxo e refluxo das nossas cloacas.
Nem as mais altas montanhas.
A Terra devastada. O mar conspurcado. O céu poluído. A vida à
beira da extinção.
Depois do canto do último pássaro, sabemos que advirá o
silêncio. Daremos entrada no reino sombrio das criaturas da noite, enquanto remanescerem
criaturas. Uma longa noite, repleta de horrores. Os últimos seres, almas,
espíritos e medos. Mutantes sem memória. E por fim, nem a memória restará.
Soprará o vento nas ruínas das cidades.
sexta-feira, dezembro 30, 2022
Adeus, Pelé
Pelé (1940-2022)
Partiu o melhor jogador de futebol de todos os tempos e um ser humano formidável.
Campeão do mundo três vezes, a primeira das quais aos 17 anos. É obra!
Numa série televisiva sobre futebol apresentada por ele, ensinou, num dos episódios, que o guarda redes é o pilar de toda a equipa: se o pilar treme, toda a equipa treme, disse.
Esteve glorioso na Fuga para a Vitória.
Até sempre, Rei Pelé.
terça-feira, dezembro 27, 2022
Nietchevo?!
Hubert Reeves em Moscovo, 1964:
Dia livre em Moscovo. A minha partida para Erevan
(pronunciar «Iérévanne») é no dia seguinte. A multidão moscovita fascina-me.
Erro muito tempo no meio dessas pessoas todas. A variedade de indumentárias e
de rostos lembra-me a imensidão do território da URSS, que vai da Ucrânia ao Kamchatka,
do mar de Barents ao Cáspio.
Estamos em Março. Neva com abundância, caem flocos
espessos na cidade. Os passeios largos da avenida estão repletos de gente. Sigo
a multidão molhada, que progride cada vez mais devagar. Durante longos minutos
permanecemos parados. Estou preso num engarrafamento de peões! O que se passa?
Tento imaginar o que bloqueia a este ponto o nosso
avanço. Em seguida tudo se explica: vejo subitamente três matronas que varrem
vigorosamente a neve suja e molhada do passeio para a sargeta, sem a mínima
consideração pelos transeuntes. Tentando não ser salpicados, eles esperam o
momento propício para atravessar a correr o sítio perigoso, formando assim um
engarrafamento de peões!
O que mais me desorienta é a total ausência de protestos.
Em Paris ou Montréal ter-se-ia chegado a um motim. A resignação é muda.
Compreendo então o sentido profundo da palavra Nietchevo tantas vezes
associada à população russa: «Não faz mal».
Hubert Reeves (1)
Hubert Reeves, Já Não Terei Tempo – Memórias, Gradiva, 2010
TTTT
O povo russo ainda não realizou o seu 25 de Abril. Tal como
o nosso, é um povo resignado. Falta-lhe o ímpeto. Talvez lhe falte, como nos
faltava, o impulso militar de alguns capitães e o apoio de alguns generais.
O que mais me desorienta é a total ausência de liberdade.
Não há outra forma de derrubar o regime totalitário e
extorsionário que os priva da paz, em todas as acepções da palavra: apenas
a revolução.
_______________________________
(1) Hubert Reeves, Já Não Terei Tempo – Memórias, Gradiva, 2010, pág. 191.
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