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domingo, novembro 10, 2024

A prostração e a auto-satisfação


A expressão corporal tem destas coisas. Após a reunião a dois em Helsínquia, 2018, Trump e Putin, surgem aos olhos do mundo com esta aparência.




Trump, de olhar vago e distante, soçobrante e prostrado, ligeiramente curvado para a frente, vencido. Putin, por outro lado, firme e hirto, com um sorrisinho sonso e um olhar para dentro, como se estivesse todo contentinho consigo mesmo ou com o que conseguira alcançar. O que se terá passado no famoso encontro entre os dois, longe dos olhares do mundo? Eis algumas hipóteses:

a) Putin hipnotizou Trump.

b) Putin lutou judo com Trump e venceu por
 ippon.

c) Putin mostrou a Trump uma fotografia deste numa orgia com modelos russas e disse que a revelaria ao mundo, mas apenas em caso de emergência.

d) Outra coisa qualquer, muito muito comprometedora para o ego do egocêntrico Trump.

Escolha uma.

Aqui há gato!

sexta-feira, agosto 28, 2020

A carnificina americana

This American carnage stops right here and stops right now.

Presidente Donald Trump,
Discurso Inaugural da Presidência Americana, 20 de Janeiro de 2017. Daqui.



Entretanto, prossegue a carnificina americana. E continuará, dada a incapacidade e a falta de vontade dos sucessivos presidentes e da sociedade americana em extirparem da sua Constituição a Segunda Emenda que defende o direito de um indivíduo possuir armas de fogo. Resulta daqui que qualquer anormal pode possuir uma. Resulta daqui a carnificina americana. Qualquer proclamação anunciando o seu fim sem que a mesma contemple o fim dessa emenda, é pura hipocrisia demagógica.

Obama nada pôde contra a poderosa National Rifle Association e Trump é apoiado pela mesma.


https://home.nra.org/

sexta-feira, agosto 14, 2020

Vírus Trump















Kamala Harris, no primeiro discurso enquanto vice-presidente candidata dos EUA:

Aos 43:52

“Vejam só o que eles [Trump e Mike Pence] nos deixaram: mais de 16 milhões sem trabalho, milhões de crianças que não podem regressar à escola, uma crise de pobreza, de sem-abrigo, afectando principalmente negros, mestiços e nativos índios, uma crise de fome que atinge uma em cada cinco mães com crianças que sentem fome e, tragicamente, mais de 165 000 vidas que foram encurtadas, e muitos não puderam ter a oportunidade sequer de despedir-se dos seus entes queridos. E não tinha de ser desta forma.”

Kamala Harris (traduzido daqui)


Aos 46:17


“Tudo isto [a gestão desastrosa de Trump e Pence da crise pandémica] é a razão. É a razão pela qual um americano morre a cada 80 segundos de COVID-19. É por isso que um número incontável de negócios tiveram de fechar as suas portas. É por essa razão que há um completo caos acerca de quando e como se devem reabrir as nossas escolas. Pais e mães estão confusos, inseguros e zangados relativamente aos cuidados a ter com as suas crianças e a segurança dos seus miúdos na escola. Se ficarão em perigo se forem à escola ou se ficarão para trás se não forem. Trump é também a razão pela qual milhões de americanos estão agora desempregados. Herdou a mais longa expansão económica da história que vinha desde a presidência de Barack Obama e Joe Biden. E depois, como tudo o que herdou, tratou logo de a deitar ao chão. Por causa das falhas de liderança de Trump, a nossa economia alcançou um dos maiores recordes entre as nações mais industrializadas, com uma taxa de desemprego que triplicou. Isto é o que acontece quando se elege um tipo que não é apto para o trabalho que tem de desempenhar. O nosso país acaba em frangalhos, acontecendo o mesmo com a nossa [dos EUA] reputação em todo o mundo.”

Kamala Harris (traduzido daqui)

***

A gestão desastrosa de Trump, a sua desvalorização da ameaça que representava o vírus quando o mesmo se anunciava, o seu desgoverno, foi outro vírus que atingiu a América. Trump é um vírus.

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Traduzido daqui:



segunda-feira, setembro 03, 2018

A erosão da democracia na América


A democracia na América está a erodir-se a si mesma. Donald Trump foi eleito presidente com 26,3% dos eleitores. Hillary Clinton ganhou com 26,5%, mas perdeu o colégio eleitoral. Contudo há aqui um número mais relevante: aproximadamente 45% dos eleitores americanos não votou. Alguns não apareceram para votar por sentirem que o seu voto representaria uma gota no oceano, e alguns residiam nos estados onde o resultado não estaria em dúvida. Outros sentiram que nenhum dos candidatos poderia ou deveria fazer as coisas melhor. Mas muitos destes mais de 100 milhões de americanos eleitores não acreditavam que o resultado interessasse. Apenas 36,4% destes eleitores votaram nas eleições intermédias para o Congresso, em 2014.”

Ian Bremmer, Us vs. Them: The Failure of Globalism, Portfolio/Penguin, 2018, pp. 162-163.
(tradução nossa)

Aproximam-se novamente as eleições intermédias para o Congresso. Será este ano, em Novembro. Veremos então se se confirma esta tese da erosão da democracia na América.

Mas Bremmer prossegue no seu diagnóstico negro em relação à evolução da democracia na América:

Está a tornar-se pior. De acordo com um estudo publicado no The Journal of Democracy, a proporção de jovens americanos que considera ser importante viver num país democrático caiu dos 91% nos anos 30 para 57% hoje. Menos de um em três jovens americanos refere que é importante viver em democracia. Em 1995, apenas um em dezasseis americanos concordavam que seria “bom” ou “muito bom” ter um regime militar nos Estados Unidos. Em 2016, eram um em seis.”

Ian Bremmer, Us vs. Them: The Failure of Globalism, Portfolio/Penguin, 2018, p. 163.
(tradução nossa)

Sócrates, o filósofo, dizia que a tirania surge da democracia*, quando esta se afoga nos excessos da liberdade. Será que estamos a assistir a um processo desses nos E.U.A.?
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(*) “Acaso não é mais ou menos do mesmo modo que a democracia se forma a partir da oligarquia, que a tirania surge da democracia?” in Platão, A República, 9ª ed., FCG. 2001. Pág.  392.

segunda-feira, agosto 14, 2017

"Trump" ad nauseam

Há quem se questione, perplexo, acerca das razões que levaram Trump a vencer as eleições americanas. Como foi possível? Há quem responda, mas a questão volta continuamente a ser colocada, o que prova que as respostas nunca chegam a ser conclusivas ou cabais. A perplexidade ainda persiste em muitos círculos de opinion makers que falam nas cadeias noticiosas mundiais (CNN, BBC, Sky News, etc.). Há quem considere Trump genial por conseguir ser notícia o tempo todo. Propositadamente ou não, ele tem a capacidade de ser notícia a um ritmo horário contínuo. O seu nome é pronunciado dezenas de vezes por hora, para não dizer centenas, em canais noticiosos como a CNN. Experimente o leitor ligar esse canal a qualquer sinal horário, quando vão para o ar as highlights. Era assim há um ano quando a campanha eleitoral americana estava no auge e os pivots da CNN lhe moviam um ataque cerrado, mas também é assim agora. O seu nome é matraqueado a todo o momento. "Trump" ad nauseam. "Trump" no prime time. Trump, a obsessão da CNN. Inadvertidamente o canal televisivo tornou-se o maior anunciador publicitário da marca "Trump" ainda que a maioria das notícias sobre ele não o favoreçam. Ainda assim publicitam-no. Ironicamente aparecem depois os opinion makers no mesmo canal a questionarem-se espantados acerca das razões que levaram Trump à vitória.


Não terá o facto de o canal manter a marca “Trump” no ar o tempo todo exercido um efeito em muitos telespectadores acríticos, da mesma forma que a publicidade repetitiva o faz relativamente a uma determinada marca de um produto que se quer vender?

domingo, janeiro 22, 2017

Do sistema educativo trumpeano

Resultado de imagem para Trump at the trump-inaugural-addressDisse Trump no Discurso de Tomada de Posse referindo-se ao sistema educativo americano:

...an education system flush with cash, but which leaves our young and beautiful students deprived of knowledge;

O que é verdade: a eleição de Trump só se explica pela falta de educação de muitos dos seus concidadãos. Por outras palavras: só mal-educados votam num mal-educado.

Mas o dito também faz adivinhar a intenção de privatização do sistema educativo público daquele país.

Ainda o primeiro acto de Trump

A pouco e pouco ou muito rapidamente as incertezas converter-se-ão em certezas. Certezas indesejáveis. Trump tomou posse a 20 de Janeiro de 2017. Primeiro acto após o juramento, nesse mesmo dia, ainda a cadeira presidencial não tinha arrefecido do anterior presidente: a assinatura do Decreto que põe fim ao “Obamacare”. E assim, num gesto rápido e sublinhado pela assinatura, o novo presidente expõe mais de vinte milhões de americanos ao desabrigo assistencial na saúde: os mais pobres dos pobres. Um nojo!

Trump days! First act!

















Donald, no seu primeiro dia, na Sala Oval, dá uma machadada no Affordable Care Act (Obamacare), cuja assinatura foi aqui saudada, em 2010.

Consequência: 22 milhões de pessoas poderão perder apoio no acesso aos serviços de saúde (health insurance), de acordo com uma notícia do New York Times.

sábado, dezembro 24, 2016

A triste grandeza

Trump e Putin falam de novas corridas ao armamento. Um atreve-se a dizer que o mundo precisa da hegemonia das duas nações porque entregue a si mesmo é a loucura que se vê. Uma piada com certeza. Nenhum fala da necessária corrida ao desarmamento do mundo.

EUA e Rússia querem ser os patronos do mundo. Os novos moralizadores. Adivinham-se novos tratados das Tordesilhas. Dividir para reinar. Parece que irão reavivar este velho lema nos próximos tempos. Mas não é de estranhar que os líderes das velhas superpotências sonhem com os tempos áureos após 1945, quando o mundo as olhava com temerosa veneração. Na verdade sentem que o tapete lhes está a ser puxado debaixo dos pés. Estão a fugir para a frente.

É preciso tornar os EUA grandes novamente, disse Trump. A Rússia já persegue esse desígnio há algum tempo, em relação a si própria - é o sonho de Putin. Infelizmente, Putin e Trump, parecem não ter outros argumentos para defender a sua grandeza para além dos que assentam na ponta das suas armas. É uma triste grandeza.

Imagens dos tempos da grandeza americana.
(Não se colocaram aqui imagens dos tempos da grandeza russa, mas são do mesmo jaez)

sábado, novembro 19, 2016

The Times They are a Changing. Really?! A Nova Ordem Trumpeana

Tudo começou quando se cantava uma Nova Ordem Mundial no rescaldo da antiga (com a derrota da URSS no Afeganistão e o seu fim, surpreendente, na época). Seguiu-se, breve, uma nova ordem unipolar dominada pela hiperpotência americana. A América era grande outra vez. Essa nova ordem foi uma ordem de novas guerras e rebeliões em países aparentemente distantes da Europa, mas não tão distantes quanto isso. Durante os conflitos, potentes meios de comunicação globais não deixavam de mostrar as imagens dos infernos terrestres (tivemos bombardeamentos em directo comentados com todo o profissionalismo) e imagens dos paraísos terrestres, chegando tais imagens aos quintos dos infernos terrestres. E os que viviam no inferno dos conflitos, e os que podiam, rapidamente de lá queriam sair, legitimamente ou ilegitimamente. E saíam. E para onde rumar, mesmo com risco de vida, se não para os paraísos terrestres mais próximos.

Carontes bem pagos ajudavam à travessia agora inversa, do Hades ao Éden, das terras dos mortos para as terras dos vivos, terras prometidas de vida farta e plena. Então os novos bárbaros começaram a chegar, ousando atravessar desertos e fossos dantescos, mediterrânicos. Os novos bárbaros serão os novos europeus (lê-se numa revista), pois claro (afinal os velhos europeus – nós - também não fomos  já velhos bárbaros?).

***

Schengen rebentou como uma barragem prenhe de água até não poder mais. O descontrolo instalou-se nas fronteiras externas da “União” e depois nas fronteiras internas. Rios de imigrantes e refugiados começaram a penetrar os caminhos da Europa em direção ao Norte. A figura do imigrante clandestino, ilegal, desapareceu. Eram todos refugiados. Um governo socialista francês fechou os olhos à construção de uma cidade de barracas num extremo do seu território, frente à fossa mais estreita e menos profunda, e por isso mais transponível, do Canal da Mancha. Formou-se então essa enorme “selva” de habitações precárias – uma “selva” em plena Europa continental, frente a esse outro paraíso mais paradisíaco, aos olhos de quem procura, não refúgio, mas outra coisa qualquer, que é a Grã-Bretanha. Na verdade, aqueles refugiados de Nord-Pas-de-Calais, já não fugiam da guerra, não procuravam refúgio, procuravam sim outra coisa. Pois afinal no paraíso francês não havia guerra, não é verdade? Então o que procuravam aqueles refugiados? Não haviam alcançado já a paz nas terras de França? Não se encontravam já distantes dos infernos terrestres? A constituição da “Selva” em Nord-Pas-de-Calais teve um efeito desconfortável no subconsciente de muitos dos que viviam além Mancha. Afinal, meu Deus, meu Deus, o que vinha aí. Epílogo: Venceu o Brexit! O Reino Unido, desunido, abandona o barco Europeu, qual escaler lançado ao mar em momento de aflição ou invasão, quando o grande navio já mete água por todo o lado.

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Meses depois, do outro lado do Atlântico, vence um Trump. Um grosseiro. Outro rombo no casco do navio Ocidental.

O Euro afunda-se agora face ao dólar, na iminência de uma subida das taxas de juro diretoras americanas e a Itália ameaça uma evasão da zona Euro, aprofundando mais ainda a eterna crise do Euro. Crise que só terminará, diga-se de passagem, com o fim do Euro. Em suma: o Euro é a crise.

Por tudo isto são por isso agora mais sonoros os brados dos profetas da desgraça e das cassandras, anunciando o fim do Euro e a derrocada do projeto Europeu. O fim de um mundo que se queria novo e o começo de um novo mundo que afinal é o velho.

The times are changing.

Mas o vento que por aqui sopra, nem cheira bem, nem está de feição.

 Eis a nova ordem trumpeana.

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quinta-feira, novembro 10, 2016

Trump, trump, bang, bang.

Eis que o Imperador Trump tomará o ceptro e irá sentar-se no trono da América. Será que desta vez a América irá deixar o mundo em paz? E será que o mundo irá deixar a América em paz? Afinal são muitos os que acusam de inacção a América quando alguns conflitos despontam. Depois, mais tarde, vêm acusar a América de querer ser o polícia do mundo e de se querer substituir ao papel da ONU com a qual rivaliza no intervencionismo “salvador” do mundo.

O Trump quer fazer da América grande outra vez. Mas se pensarmos bem, foram as grandes guerras que fizeram a grandeza da América.

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Estou curiosíssimo para ver que cavalos vai Trump nomear, qual novo Calígula, imperador louco dos tempos pós-modernos. Avizinham-se tempos interessantes para a globalização galopante, com o Brexit e agora com o presidente Trump a agitar a bandeira do proteccionismo e das fronteiras fechadas. Tudo parece indicar que o galope da globalização vai ser travado, mas é difícil crer nisso, tal a velocidade que assumiu o processo. Petróleo a queimar, armas a disparar e corpos a tombar (muitos deles negros, às mãos armadas da polícia) continuarão a ser garantidos na terra do Tio Sam e, provavelmente, noutros lugares do mundo. Prosseguirão as alterações climáticas, a todo o gás, assim como o aquecimento global. Preparemo-nos para o pior, esperando que o pior não aconteça. Eis os tempos do cowboy  americano, de revólveres na mão, disparando as suas armas em todas as direcções: trump, trump, bang, bang.



sábado, março 19, 2016

Calígula no século XXI

Um Império sem um imperador, intacto e à mão de semear, só podia dar nisto. No aparecimento de um putativo candidato calígula. Um Trump! O que virá a seguir? Quem sabe, talvez a nomeação do seu próprio cavalo a cônsul. E se por aqui ficasse, mal nenhum viria ao mundo. O problema é que o homem é um elefante irrequieto à solta, e o mundo é uma loja de cristais. 

segunda-feira, julho 27, 2015

Trump e a sua muralha


Disse que construiria uma muralha impenetrável, colossal, a todo o comprimento da fronteira entre os EUA e o México. Três mil cento e quarenta e cinco quilómetros, do Golfo de México ao Pacífico! Quer impedir a entrada de migrantes e refugiados nas terras do sonho americano. A terra dos imigrantes. Eles que sonhem mas não ousem pisar a terra do Tio Sam. Ele já não os quer. Sonhos americanos são para os americanos. Nem os desertos de Sonora e do Mojave, onde muitos já se perdem, lhe bastam. Venha a muralha. Saberá Trump que não foi assim que a América se fez?

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