Mostrar mensagens com a etiqueta Grécia Antiga. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Grécia Antiga. Mostrar todas as mensagens

sábado, janeiro 11, 2014

Homens excelentes, homens felizes

Por estes dias da morte de Eusébio, lembrei-me desta velha história:

Cleóbis e Bíton
Museu Arqueológico de Delfos 
«Por estas razões, pois, e pelo desejo de ver terras, Sólon saiu do país e foi visitar Amásis ao Egipto e Creso a Sardes. À sua chegada, foi hospedado por Creso no seu palácio. Depois, no terceiro e no quarto dia, por ordem de Creso, os servidores passearam Sólon pelos tesouros e mostraram-lhe toda a riqueza e opulência aí existentes. Depois de ter observado e examinado tudo, quando considerou o momento oportuno, Creso perguntou-lhe: “Hóspede ateniense, até nós chegaram muitas vezes relatos a teu respeito, por causa da tua sabedoria e das tuas viagens como, por amor à sabedoria, tens percorrido toda a Terra, levado pela curiosidade. Vem-me agora o desejo de te perguntar se já vistes alguém que fosse o mais feliz dos homens.” Interrogou-o dessa forma, na esperança de ser ele o mais feliz de todos, mas Sólon, sem qualquer lisonja e com sinceridade, reponde: “ Sim, ó rei, Telo de Atenas”. Surpreendido com a resposta, Creso perguntou com interesse: “Porque julgas que Telo é o mais feliz?” E ele explicou: “Natural de uma cidade próspera, por um lado, teve filhos belos e bons e de todos eles viu nascerem filhos e todos permaneceram com vida; por outro, depois de gozar uma vida próspera, para o nosso meio, teve o mais brilhante termo da vida. Declarada a guerra pelos atenienses contra os seus vizinhos de Elêusis, ele acorreu em auxílio, provocou a fuga dos inimigos e morreu da forma mais gloriosa. Os Atenienses sepultaram-na com exéquias públicas no próprio local em que tombou e tributaram-lhe grandes honras”.


Como Sólon, ao falar das muitas prosperidades de Telo, incitara Creso, este perguntou quem, dentre os homens que ele vira, seria o segundo depois de Telo, imaginando obter de certeza pelo menos o segundo lugar. Mas Sólon respondeu: “Cleóbis e Bíton. Estes de facto, que eram de raça argiva, tinham suficientes meios de subsistência e eram, além disso, dotados de grande força física. Os dois foram igualmente atletas vencedores e deles conta-se ainda a seguinte história. Numa altura em que os Argivos celebravam a festa em honra de Hera, tornava-se absolutamente necessário que a sua mãe fosse levada num carro ao templo, mas os bois não chegaram a tempo do campo. Constrangidos pela falta de tempo, os jovens submeteram-se eles próprios ao jugo, puxaram o carro em que sua mãe se colocara e, numa distância de quarenta e cinco estádios, transportaram-na até ao santuário. Depois de fazerem isto, sob os olhares de toda a assembleia, sobreveio-lhes o melhor termo de vida, e neles mostrou a divindade ser melhor para o homem morrer do que viver. Os Argivos, rodeando os jovens, elogiavam a sua força e as Argivas a mãe que tais filhos teve. Ela, cheia de júbilo pela façanha e pelos elogios, de pé diante da estátua, pediu que a deusa concedesse aos seus filhos Cleóbis e Bíton, que tanto a haviam honrado, o melhor que um homem pode obter. Depois desta prece, uma vez realizados o sacrifício e o banquete, os jovens adormeceram no próprio templo e não se levantaram mais. Foi esse o fim que tiveram. Os Argivos ergueram-lhes estátuas que consagraram em Delfos como homens excelentes que eram.”

Heródoto, Histórias (Livro 1º), Lisboa, Edições 70, 1994, pág. 74 e 75.

Sólon, é claro, foi rapidamente despedido pelo indignado Creso, "sem dele receber qualquer palavra".

Telo de Atenas, Cleóbis e Bíton, eram homens excelentes para os gregos e tiveram o tratamento devido aos homens excelentes: após a morte, foram sepultados com exéquias públicas e ergueram-lhes estátuas consagradas em templos sagrados. 

sexta-feira, janeiro 03, 2014

Os Gregos , de H.D.F. Kitto


«A graça e o encanto são os sinais da arte iónica, da mesma maneira que a força e a beleza o são da arte dórica. Para avaliar este facto, basta comparar a arquitectura iónica com a dórica: a leveza geral do estilo iónico, realçada pelas encantadoras volutas dos seus capitéis, oferece um contraste impressionante.»

Kitto, H.D.F., Os Gregos, 3ª ed., Coimbra, Arménio Amado Editora, 1990. Pág. 143.

***

Excelente obra, a de H.D.F. Kitto sobre os Gregos da época clássica. Custa apenas €6,90, mas vale muito mais. Passa quase despercebida nas estantes das livrarias. Feliz o dia em que a folheei curioso. Foi editada pela primeira vez em 1951 (em Portugal, em 1959), traduzida por José Manuel Coutinho e Castro, e revista pela Exma. Senhora Doutora Maria Helena da Rocha Pereira.

Equiparo-a, pelo prazer que a sua leitura me suscita, ao Fogo Grego de Oliver Taplin. A terceira edição d’Os Gregos que ainda resiste nas estantes é de 1990, quando se realizou uma tiragem de 3000 exemplares. Questiono-me, como pode uma obra deste jaez não se ter esgotado durante estes 23 anos? Que sorte ter dado com ela.

segunda-feira, julho 22, 2013

Neoliberalismo e democracia

But the great number [of the Athenian Assembly] cried out that it was monstrous if the people were to be prevented from doing whatever they wished... Then the Prytanes, stricken with fear, agreed to put the question-all of them except Socrates, the son of Sophroniscus; and he said that in no case would he act except in accordance with the law.
Xenophon
Tradução:
Mas a maioria [da Assembleia Ateniense] clamou que seria monstruoso se o povo fosse impedido de fazer tudo o que desejava…Então o Prítanes, acometido pelo medo, concordou em colocar a questão – todos eles excepto Sócrates, o filho de Sofronísco; e ele disse que em caso algum actuaria excepto se fosse de acordo com a lei.

Xenofonte, Helénicas
(tradução nossa)

É com a citação de Xenofonte (431 a.C. – 355 a.C.) em epígrafe, que o austríaco Friedrich von Hayek, um dos papas do neoliberalismo, começa por visar criticamente a democracia num dos subcapítulos da obra The Political Order of a Free People (1979). O subcapítulo intitula-se “A progressiva desilusão com a democracia”. O recurso a Xenofonte, um fervoroso discípulo de Sócrates, não é despiciendo. Hayek procura apoio e patrocínio num dos filósofos mais sábios da antiga Grécia, para proceder a uma crítica à democracia - nas palavras de Churchill, a pior forma de governo, à excepção de todos as outras. Com efeito, se a democracia directa não for regrada, então todas as questões e decisões antipopulares não passarão na Assembleia, encontrando a oposição da maioria. O problema é quando, nas actuais democracias representativas, a maioria decide legislar contra o povo que a elegeu, e que era suposto representar, dizemos nós. Não é de espantar que o neoliberal Hayek critique a democracia neste ponto, na medida em que esta forma de governo, como sabemos hoje, não é o melhor terreno para o exercício das políticas neoliberais. A comprová-lo está o facto de a aplicação pioneira deste tipo de políticas ter ocorrido sob os auspícios do regime tirânico do general Pinochet, no Chile.


A democracia é um escolho no caminho dos que querem impor a via neoliberal aos povos que dirigem. Não admira que queiram suspendê-la.

***

O primeiro parágrafo da obra supracitada de Hayek reza assim:

When the activities of modern government produce aggregate results that few people have either wanted or foreseen this is commonly regarded as an inevitable feature of democracy. It can hardly be claimed, however, that such developments usually correspond to the desires of any identifiable group of men. It appears that the particular process which we have chosen to ascertain what we call the will of the people brings about results which have little to do with anything deserving the name of the 'common will' of any substantial part of the population.
Friedrich von Hayek (1979) - The Political Order of a Free People

Tradução:

Quando as actividades do moderno governo produzem resultados agregados que poucas pessoas desejavam ou previram, isso é comummente considerado como uma característica inevitável da democracia. Dificilmente se pode afirmar, contudo, que tais desenvolvimentos usualmente correspondem aos desejos de um grupo identificável de homens. Parece que o processo particular que escolhemos para determinar o que podemos chamar a vontade do povo traz resultados que pouco têm a ver com qualquer coisa que mereça o nome de “vontade comum” de qualquer parte substancial da população.
Friedrich von Hayek (1979) - The Political Order of a Free People
(tradução e sublinhados nossos)

Ao contrário do que refere Hayek, julgamos que hoje existe um grupo identificável, não maioritário, que quer impor as suas políticas, desígnios, desejos e interesses aos demais, contra a vontade destes e para benefício daqueles. E com efeito é possível consegui-lo. Basta ter o poder para suspender a democracia.

domingo, abril 28, 2013

Arquíloco

«Os heróis homéricos teriam sentido a perda do escudo como a ruína da sua honra e prefeririam sacrificar a vida a sofrer semelhante afronta. O novo herói de Paros [Arquíloco] exprime as suas reservas neste ponto e está certo de provocar o riso dos seus contemporâneos quando diz:

Um dos Saios, nossos inimigos, regozija-se agora com o meu escudo, arma impecável que sem querer deixei ficar num matagal. No entanto escapei à morte, que é o fim de tudo. Quero lá saber deste escudo! Comprarei outro melhor.

A deliciosa mescla do moderno humor naturalista (alheio a qualquer tipo de ilusões, e segundo o qual até um herói só tem uma vida para perder) com a nobre ressonância da retórica épica, que nos fala de “arma impecável” e da morte que “é o fim de tudo”, é fonte inesgotável de efeitos cómicos. Protegido por eles, o esforçado desertor pode aventurar a sua insolente conclusão e afirmar com sinceridade desconcertante:

Comprarei outro melhor! Que é um escudo afinal, senão um pedaço de pele de boi curtida, com uns adornos de metal brilhante!»

Werner Jaeger, Paidéia, A Formação do Homem Grego, Martins Fontes, 2003, pp 152-153.

***

Arquíloco também tem o seu general modelo, e com a mesma “sinceridade desconcertante” afirma:

Não gosto de um general alto, nem de pernas bem abertas, nem orgulhoso com os anéis do seu cabelo, nem barbeado. Para mim, quero um que seja pequeno e de pernas tortas, que mexa os pés com firmeza, e cheio de coragem.”

Arquíloco de Paros, séc. VII a. C.

in Maria Helena da Rocha Pereira (org.) - Hélade, Antologia da Cultura Grega, 8.ª edição, Edições Asa, 2003, pág. 125  

domingo, junho 24, 2012

Helena de Tróia

Antonio Canova, Helena de Tróia, 1807, Museu de Copenhaga


Deste modo pois se sentavam na muralha os regentes dos Troianos.
Assim que viram Helena a avançar em direcção à muralha,
sussurram uns aos outros palavras apetrechadas de asas:


“Não é ignomínia que Troianos e Aqueus de belas cnémides
sofram durante tanto tempo dores por causa de uma mulher destas!
Maravilhosamente se assemelha ela às deusas imortais.
Mas apesar de ela ser quem é, que regresse nas naus;
que aqui não fique como flagelo para nós e nossos filhos!”

Assim falaram. Mas Príamo com sua voz chamou Helena.
“Chega aqui querida filha, e senta-te a meu lado,
para veres o teu primeiro marido, teus parentes e teu povo –
pois no meu entender não tens culpa, mas têm-na os deuses,
que lançaram contra mim a guerra cheia de lágrimas dos Aqueus

Homero, Ilíada, III, vv. 153 - 165

Piano Concerto No.2 in C Minor,Moderato by Rachmaninov on Grooveshark


sexta-feira, abril 15, 2011

Sólon e as dívidas de Atenas


Conforme nos conta Plutarco (46 – 120 d.C.) na biografia de Sólon, no longínquo século VII a. C., Atenas estava mergulhada numa crise política, económica e social parecida com a actual. Sólon, tentou resolvê-la, com relativo sucesso: fez aquilo a que hoje poderíamos chamar uma renegociação da dívida e uma desvalorização da moeda (*).

As crises de endividamento e a usura dos ricos sobre o resto da população são velhas como o mundo.

***

Excerto da biografia de Sólon, escrita por Plutarco (os sublinhados são nossos):

«The Athenians, now the Cylonian sedition was over and the polluted gone into banishment fell into their old quarrels about the government, there being as many different parties as there were diversities in the country. The Hill quarter favoured democracy, the Plain, oligarchy, and those that lived by the Seaside stood for a mixed sort of government, and so hindered either of the other parties from prevailing. And the disparity of fortune between the rich and the poor, at that time, also reached its height; so that the city seemed to be in a truly dangerous condition, and no other means for freeing it from disturbances and settling it to be possible but a despotic power. All the people were indebted to the rich; and either they tilled their land for their creditors, paying them a sixth part of the increase, and were, therefore, called Hectemorii and Thetes, or else they engaged their body for the debt, and might be seized, and either sent into slavery at home, or sold to strangers; some (for no law forbade it) were forced to sell their children, or fly their country to avoid the cruelty of their creditors; but the most part and the bravest of them began to combine together and encourage one another to stand to it, to choose a leader, to liberate the condemned debtors, divide the land, and change the government.
(…)

For the first thing which he settled was, that what debts remained should be forgiven, and no man, for the future, should engage the body of his debtor for security. Though some, as Androtion, affirm that the debts were not cancelled, but the interest only lessened, which sufficiently pleased the people; so that they named this benefit the Seisacthea, together with the enlarging their measures and raising the value of their money; for he made a pound, which before passed for seventy-three drachmas, go for a hundred; so that, though the number of pieces in the payment was equal, the value was less; which proved a considerable benefit to those that were to discharge great debts, and no loss to the creditors. But most agree that it was the taking off the debts that was called Seisacthea, which is confirmed by some places in his poem, where he takes honour to himself, that- 

"The mortgage-stones that covered her, by me 
Removed,- the land that was a slave is free: that some who had been seized for their debts he had brought back from other countries, where-
"-so far their lot to roam,

They had forgot the language of their home; and some he had set at liberty-
"Who here in shameful servitude were held." »

Fonte: http://classics.mit.edu/Plutarch/solon.html
___________________

(*) - Fez equivaler a mina, que antes correspondia a setenta e três dracmas, a cem dracmas.

sexta-feira, dezembro 31, 2010

Grandes aberturas: Ilíada


Canta, ó deusa, a cólera de Aquiles, o Pelida
(mortífera!, que tantas dores trouxe aos Aqueus
e tantas almas valentes de heróis lançou no Hades,
ficando seus corpos como presa para cães e aves
de rapina, enquanto se cumpria a vontade de Zeus),
desde o momento em que primeiro se desentenderam
o Atrida, soberano dos homens, e o divino Aquiles.”

Homero, Ilíada, Edições Cotovia, 2005

A cólera, como bem notou Sloterdijk*, vem no princípio desse poema-força que é a Ilíada, logo no “início da primeira frase do património europeu”. É ela que move as acções dos heróis, que, por ela possuídos, se lançam na fogueira da violência extrema. É ela que move Aquiles, um prodígio em combate. O herói, na verdade, é a cólera personificada. Mas não só Aquiles: Ajax, outro herói de Tróia, é um Quixote da Era Clássica que degola os animais saqueados pelo exército, num acesso de loucura colérica, julgando ver neles os chefes gregos que lhe negaram a herança de Aquiles, como nos conta Sófocles na sua tragédia.

***

Pois bem, a cólera nunca abandonou a Europa. Sempre viveu aqui. Que o digam as vítimas dos conflitos do século XX, por exemplo, quando ela tomou novamente conta dos povos e os lançou, uns contra os outros. Que o digam as vítimas da Revolução Francesa e as vítimas de todas as revoluções e rebeliões. As explosões revolucionárias são movidas pela cólera: mais uma vez, como nos lembra Sloterdijk, “não são os seres humanos que possuem as suas paixões, mas antes as paixões que possuem os seus seres humanos” (p. 19).

Na Europa, por vezes, a cólera mantém-se durante um longo tempo adormecida, é certo, mas torna sempre a acordar ou é acordada pelos homens, inadvertidamente. Agora que 2011 se aproxima, receio que estejamos ante um desses momentos. Poderá ser um ano de rebeliões (porque em democracia), porque os europeus estão a ser empurrados para a acção e para o desespero, resultado de políticas neoliberais abraçadas pelos seus governos e impostas por um directório não democrático com sede em instituições não democráticas da União Europeia.

Será 2011, um ano de rebeliões na Europa e de revoluções fora dela?

Aguardemos placidamente que o vento comece a soprar.
_____________________________________________________________
(*) Peter Sloterdijk, Cólera e Tempo, Relógio D’Água, 2010

terça-feira, junho 01, 2010

Empédocles

Reinício da actividade do vulcão Tungurahua no Equador (Rodrigo Buendia / AFP).


Vamos, escuta como o fogo ao separar-se deu origem aos rebentos nocturnos dos homens e das lastimosas mulheres: este meu relato não carece de finalidade, nem de experiência. Primeiro, surgiram da terra formas em bruto, com uma porção de água e de calor. A estas, o fogo, desejoso de ir para junto do seu semelhante, as mandou para cima, sem apresentarem ainda a forma atraente dos membros ou voz, que é a parte inerente ao homem.
Empédocles

citado por Simplício, fragmento 62 in Phys. 381, 31

G.S.Kirk e tal. (1983), Os Filósofos Pré-Socráticos, 6ª Ed., Fundação Calouste Gulbenkian, 2008.

quinta-feira, novembro 19, 2009

O deus de Xenófanes de Cólofon


Um só deus, o maior entre os deuses e os homens, em nada semelhante aos mortais, quer no corpo quer no pensamento.

Permanece sempre no mesmo lugar, sem se mover; nem é próprio dele ir a diferentes lugares em diferentes ocasiões, mas antes, sem esforço, tudo abala com o pensamento do seu espírito.

Todo ele vê, todo ele pensa, e todo ele ouve.

Xenófanes de Cólofon (c. de 570 a c. de 475 a.C.)

KIRK, G. et al., Os Filósofos Pré-Socráticos, 6ª ed. Fundação Calouste Gulbenkian, 2008, pág.274.

sábado, outubro 03, 2009

Humanismo grego


Muitos prodígios há; porém nenhum
maior do que o homem.
Esse, co’o sopro invernoso do Noto,
passando entre as vagas
fundas como abismos,
o cinzento mar ultrapassou. E a terra
mortal, dos deuses sublime,
trabalha-a sem fim,
volvendo o arado, ano após ano,
com a raça dos cavalos laborando.

Sofócles, Séc. V a. C.

Etiquetas