Hoje
derrubaram e vandalizaram a estátua do Cristóvão Colombo no Funchal, porque era racista, acusam-no. Sim à
luz do contexto actual, Cristóvão Colombo era racista. Não o era, ou esse facto
não relevava, no contexto histórico em que viveu.
A história, se a analisarmos
à luz do actual contexto moral, está cheia de racistas ilustres: Cristóvão
Colombo, o padre António Vieira, Ghandi, Churchill, são os
nomes que nos ocorrem, acusados de racismo, mas outros haverá. É bom não
esquecer as atrocidades do passado, o esclavagismo e o imperialismo, os
genocídios, é bom não esquecer a história, para que os mesmos erros não tornem
a ser cometidos, mas também é bom não esquecer os contextos. Derrubar estátuas é
um acto de zelotismo primário que não deve ser tolerado em democracia. Não se
pode tolerar que uma minoria contorne a democracia para impor a sua vontade e
a sua ideologia aos demais. Somos pelo livre jogo democrático. Se as
estátuas desagradam então que se proponha um referendo para apurar se os
cidadãos são favoráveis ou não à sua remoção do pedestal, na sua cidade.
Elas poderão ser removidas, mas se assim for que
o sejam democraticamente. A democracia tem de falar mais alto, e no caso, a
democracia directa.
ΩΩΩ
Abaixo o fascismo iconoclasta!
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*Entenda-se que este título é uma provocação. Um oxímoro. Não há nada de ilustre no racismo. Mas há racismo e racistas. Mas muitas vezes confunde-se racismo com racistas e generaliza-se abusivamente a todo um povo a ignomínia do racismo, quando se diz que um povo é racista por nele haver racistas. A existência de racistas num povo não significa que todos o sejam, ou que a maior parte o seja.