quarta-feira, agosto 20, 2008

Usain Bolt

O homem mais rápido do mundo. Pequim, 2008.

Felizes aqueles a quem cerca a fama gloriosa!

Píndaro, VIIª Ode Olímpica, (Séc. VI - V a. C.)

terça-feira, agosto 05, 2008

Cold Winter

Willem van de Velde the Younger, 1633-1707
É preciso recuperar energias.
A tempestade vai começar em Setembro e já se avistam nuvens no horizonte.

domingo, agosto 03, 2008

sábado, agosto 02, 2008

Babel Pós-moderna, ou, A Falar é que a Gente se Desentende

A história teima em repetir-se.

As torres do World Trade Center implodiram ante os nossos olhos estupefactos. E mais uma vez, a confusão das línguas, das religiões, das civilizações...

Mas se o embargo da torre primordial teve origem divina, a derrocada das torres pós-modernas de Nova Iorque teve origem humana. Nem podia ser de outra forma, pois Deus já não se encontra entre nós, (morreu, não é verdade?!).

Neste mundo abandonado à cacofonia das línguas já ninguém se entende.

quarta-feira, julho 30, 2008

O "medium" é a mensagem, ou, o mensageiro é a mensagem

Os media assumem-se como veículo da condenação moral do terrorismo e da exploração do medo com fins políticos, mas simultaneamente, na mais completa ambiguidade, difundem o fascínio bruto do acto terrorista, são eles próprios terroristas, na medida em que caminham para o fascínio (eterno dilema moral, ver Umberto Eco: como não falar do terrorismo, como encontrar bom uso dos media – ele não existe).

Baudrillard, Simulação e Simulacro

Quando os media difundem as mensagens dos terroristas tornam-se os media terroristas. Isto não é um mero jogo de palavras.

Desta forma os terroristas entram pelas nossas casas, mesmo com as portas trancadas.

E assim o mensageiro é a mensagem.

Neste contexto, é preciso desligar o mensageiro.
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Leituras posteriores:

- Baudrillard, Jean (1981). Simulacres et simulation. Éditions Galilée.

- Biernatzki, Williams (2002). “Terrorism and Mass Media”, Communication Research Trends, Vol. 21, n.º 1.

- Eco, Umberto (1968). La Struttura Assente. Milan: Bompiani.

- McLuhan, Marshall (1962). The Guttenberg Galaxy: The Making of Typographic Man. London: Routledge & Kegan Paul.

- Rantanen, Terhi (2005). “The message is the medium – An interview with Manuel Castells”, Global Media and Communication, Vol. 1 (2): 135 – 147.

terça-feira, julho 29, 2008

A Exclusividade dos Médicos

Os contribuintes, através dos impostos e do Estado, pagam anualmente milhões de euros para a formação dos médicos nas universidades públicas. É bom que os médicos formados nestas universidades se habituem a servir os contribuintes, em exclusividade, pelo menos durante algum tempo (no mínimo, o necessário para que a despesa do Estado na sua formação seja coberta).

Há que salvaguardar as necessidades dos contribuintes pobres (os tais que não têm dinheiro para irem fazer uma operação cara a Londres, numa boa clínica privada) em relação aos interesses dos utilizadores abastados.

PS: E quem diz os médicos diz outros quaisquer profissionais formados nas mesmas condições. Pois se é injusto uma empresa despender na formação dos seus empregados e estes depois saiam logo a seguir para trabalhar noutra concorrente, também é injusto para o Estado pagar a formação de profissionais e funcionários, para estes, finda a sua formação, irem trabalhar para empresas privadas.

sábado, julho 19, 2008

Tocado pela Graça

La gracia (1915)
Julio Romero de Torres (1874-1930)

sexta-feira, julho 18, 2008

Tomado pela(s) Graça(s)

As três Graças (1505)

Rafael (1483-1520)


As filhas de Zeus e de Eurínome


As três Graças de belas faces gerou-lhas Eurínome,

de aspecto gracioso, filha de Oceano,

Aglaia, Eufrósine e a amável Tália.

Hesíodo, Teogonia

Tempo de festa: é preciso não baixar os braços pois a crise vem aí

A Dança do Casamento (c. 1566)

Pieter Bruegel "o Velho" (1525-1569)

Este quadro encontra-se na colecção do Detroit Institute of Arts e pode ser analisado detalhadamente com uma lupa no excelente site desse instituto.

É curioso: todos estão a divertir-se menos um sujeito misterioso que se encontra na sombra, no limite do lado direito do quadro, por detrás dos tocadores de gaita-de-foles. Será um desmancha-prazeres?

Não há festa sem descontentes. Apre! (Se calhar é ele que vai pagar a boda.)

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