sábado, maio 08, 2010

A boa sociedade

«Numa boa sociedade um homem deve (1) ser útil, (2) estar o mais protegido possível contra o infortúnio não merecido, (3) ter oportunidade de livre iniciativa por todos os meios não prejudiciais aos outros.»

Bertrand Russel, O Impacto da Ciência na Sociedade, 1967

quinta-feira, maio 06, 2010

Quem manda na U.E.?

Jean-Claude Trichet tem mais poder que o Presidente da Comissão Europeia ou que o Presidente do Conselho Europeu.

Neste momento é o B.C.E. que governa a U.E. O B.C.E. condiciona e baliza a governação dos países da Zona Euro.

Trichet é o “Imperador”.

Não admira que franceses e alemães se tenham atropelado para colocar um dos seus à frente do B.C.E. deixando os outros cargos para portugueses e belgas. Miudezas.

Os americanos, irónicos, dizem muitas vezes que Obama não sabe a quem telefonar se quiser falar com quem manda na U.E. Telefone a Trichet! Os outros cargos são ornamentais. Os seus titulares, marionetas.

Curiosamente o capitalismo está a degenerar numa espécie de neofeudalismo bancário.

Prestemos então tributo aos bancos. Ámen.

Ανταρσία

Pantelis Saitas / EPA

quarta-feira, maio 05, 2010

Ημέρα της Οργής

John Kolesidis/REUTERS

A Amazónia em Paris

Benoit Tessier/Reuters


O chefe Raoni tenta em Paris sensibilizar alguns senhores do mundo para o apoio à sua causa, que é também a nossa. Lula vai mandar construir uma barragem enorme na Amazónia - o projecto Belo Monte - sem pedir licença a ninguém. O projecto terá efeitos devastadores nas terras indígenas e áreas protegidas, como se noticia aqui. Tudo em nome do sacrossanto crescimento económico.

E assim se vão convertendo os recursos naturais em capital e prossegue o saque do mundo à custa dos povos indefesos e sem voz nos areópagos internacionais.

terça-feira, maio 04, 2010

quinta-feira, abril 29, 2010

Desmistificando a credibilidade das agências de rating

Como é óbvio existe uma a promiscuidade entre os bancos e as agências de rating. Essas a que os nossos governantes dão ouvidos, em particular o nosso Ministro dos Bancos, que parece acreditar piamente nelas, o “santinho”.

Diz e bem Daniel Oliveira no Expresso e no Arrastão:

Vale a pena recordar que foram estas agências que só se aperceberam da catástrofe financeira do Dubai quando ela chegou aos jornais. Que deram uma excelente nota à Islândia na véspera do país ter entrado em falência. Que avaliaram com um triplo A o que agora chamamos de activos tóxicos. E aí estão a dar conselhos aos investidores sobre a credibilidade das contas dos Estados.

Ao darem ouvidos a tais agências os nossos governantes mais não estão a fazer do que jogar o jogo das mesmas e a promover a ideologia do “Menos Estado, mais privado”.

As notações das agências de rating são uma falácia e não têm nada de inocente: são um pretexto para os servidores da causa neoliberal tomarem decisões que acentuam as desigualdades sociais, o desemprego e a pobreza. Decisões que transferem a riqueza e recursos do Público para o Privado, ou seja, para os mesmos de sempre. Decisões que destroem o Estado social, como se vê pela redução anunciada dos subsídios de desemprego.

Esta reportagem da Euronews é bem clara.

Não nos deixemos enganar pelos neoliberais que nos governam.

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