sexta-feira, dezembro 25, 2020

Feliz Natal 2020




Feliz Natal!

Ainda aqui estamos. Onde mais poderia ser? Na praia.



Fotografias de hoje, numa das praias mais magníficas da nossa costa. Praia do Carvalhal (Comporta).

quarta-feira, dezembro 02, 2020

Eduardo Lourenço (1923-2020)

 

Eduardo Lourenço (1923-2020)

quinta-feira, novembro 26, 2020

Adiós Maradona

 

Diego Armando Maradona (1960-2020)


Foi uma alegria vê-lo jogar no Campeonato Mundial do México de 1986. E antes e depois.

Ficará para sempre na memória.




sábado, novembro 14, 2020

Os mitos

 As histórias que sobrevivem mais tempo são as que nunca foram e sempre serão - os mitos.

Ann Druyan



Ann Druyan, Cosmos, Mundos Possíveis, Gradiva/National Geographic, 2020, Pág. 365

quarta-feira, novembro 11, 2020

Partidas: Gonçalo Ribeiro Telles

 

Gonçalo Ribeiro Telles (1922-2020)

Outro dos nossos melhores que parte.

Passearei sempre nos seus jardins. 

sábado, novembro 07, 2020

Long live to President Biden

 O mundo hoje tornou-se num lugar melhor. Há esperança.



sábado, outubro 31, 2020

.


Sean Connery (1930-2020)

sábado, outubro 10, 2020

Onde a extrema-direita e a extrema-esquerda esbarram

 

«O que é afinal a União Europeia senão esse trabalho de desconstrução dos fundamentos identitários, um espaço liberto de todos os traços culturais de um território, das soberanias, dos valores e costumes, das tradições, dos gostos e valores, das questões religiosas e civilizacionais? O alargamento europeu é um modo de expansionismo ideológico e político através de uma visão economicista do homem e da destruição maciça de identidade para a construção de um grande supermercado.»

 

João Maurício Brás, Os Democratas que Destruíram a Democracia, Opera Omnia, 2019, pág. 95.

 ⁂⁂⁂

Aqui discordamos. Discordamos profundamente. O projecto europeu é o muro onde têm esbarrado todos os movimentos extremistas que se querem alçar ao poder nas suas nações. Quando colocam, abertamente ou veladamente, na sua agenda, a saída da União, perdem massa crítica, perdem votos. Isto porque se há um projecto do qual os povos não abdicam (exceptua-se aqui cerca de metade dos britânicos) é o da União Europeia. E com razão. Recordam o que foi a Europa durante séculos até 1945: uma guerra contínua intervalada por breves momentos de paz, momentos de preparação para a guerra seguinte. Nem a Belle Époque escapou, também ela culminando num período de rearmamento de cada um contra o seu vizinho. A Europa foi um eterno campo de batalha entre nações inimigas, agrupadas ou isoladas. Os solos da Europa estão pejados de reminiscências de sangue e de cadáveres de soldados e de civis, de bombas e de canhões. É bom não o esquecer. Ainda hoje, quando se fazem obras em certas cidades da Europa, encontram-se enterradas bombas de guerras pretéritas, que não rebentaram só por milagre, mas que ainda ameaçam rebentar e matar.

Se a União Europeia é “esse trabalho de desconstrução dos fundamentos identitários” a que João Maurício Brás se refere, então como explica ele a persistente presença das identidades nacionais, incólumes, ostentadas pelos povos que a integram, colocando muitas vezes em causa o objectivo da solidariedade entre os Estados-membros, como se viu recentemente? E as tensões entre Estados-membros na União Europeia, que impõem longas negociações até se conseguirem cedências de parte a parte? Ainda bem que as há. E ainda bem que são dirimidas por dentro. “Um espaço liberto de todos os traços culturais”? Não. Pertencemos à mesma civilização, mas as culturas, diversas, estão lá todas, enriquecendo-se umas às outras, colhendo o que de melhor há em cada uma delas sem se descaracterizarem por isso: estarão os lisboetas a dançar a sevilhana ou os andaluzes a cantar o fado?

Vivemos como sempre temos vivido, lado a lado, mas agora unidos.

Também não somos ingénuos ao ponto de acreditar que não há na União Europeia quem procure trabalhar no sentido da desconstrução dos fundamentos identitários e queira impor uma ideologia pós-moderna, pós-identitária, com a conivência do neoliberalismo dominante. Aqui João Maurício Brás indigna-se com razão. Essa gente está aí. Mas também há outra gente, como ele, que pensa de modo diferente.

A União Europeia não é um projecto estático e unidireccional. Pode ser transformada por dentro sem ser destruída. Pode ser melhorada. Há uma Ideia de Europa (George Steiner) que é preciso não deixar morrer.

Estamos fartos de guerras.

Destino & Horizonte

 Não esperes alterar com preces o destino fixado pelos deuses!

Virgílio, Eneida (citado por Séneca)


Os destinos estão determinados de uma vez por todas, e prosseguem a sua marcha em obediência à lei eterna do universo; tu irás para onde vai tudo o mais! 

Séneca, Cartas a Lucílio, Livro IX, Carta 77 


Toda a vida é sempre breve.

Séneca, Cartas a Lucílio, Livro IX, Carta 77

 

***


É bom não perder a referência da linha do horizonte.

O que há para lá dele, escapa-nos.

E também ele nos escapa, sempre que vamos ao seu encontro.

Tal como a perfeição, da qual podemos sempre aproximar-nos mas sem nunca a alcançar.

Carpe diem

Horácio, Odes, I, 11, 8.

Etiquetas