segunda-feira, junho 19, 2006

Os Árabes



Não há como os Árabes para respeitar compromissos.

Heródoto, Histórias, livro 3º, Edições 70, pág. 46.

Há 2500 anos atrás Heródoto fixava um traço característico dos Árabes que ainda hoje persiste.

Por os Árabes honrarem os seus compromissos, são exigentes com quem negoceiam. E quem não honra os compromissos para com eles, não pode depois esperar vantagens.

Durante o século XX quem mais negociou com os Árabes e não honrou os compromissos assumidos?

Os Árabes são negociantes exímios tendo apurado essa qualidade desde eras ancestrais, entre si, na sua relação com povos vizinhos e com povos distantes.

A sua relação com o Ocidente (e com o mundo), quando não era de conflito, sempre se pautou pela negociação. Sempre se tratou de uma relação negociada, de uma convivência negociada.

É o menosprezo por esta realidade que actualmente compromete a relação entre Árabes e Ocidentais.

sexta-feira, junho 16, 2006

Periclitâncias

Montesinho
(Equilíbrio Periclitante de um Granito)
Prescrutas a eternidade...e o abismo,
Enquanto aguardas a brisa que te derrubará.
Ou simplesmente, desafias o destino.
Esse destino que te quedará no fundo dos vales.
Mas enquanto o destino não se cumpre, enfrentas o Vento,
De face erguida ao Sol.

quinta-feira, junho 15, 2006

As "Novas" Políticas "Socialistas"

Acreditam os novos governantes que as empresas e a sociedade civil (o voluntarismo de certas instituições não governamentais) é que vão resolver os problemas sociais, como o desemprego, a fome, a iliteracia, a pobreza... Isto para justificar a retrocesso do Estado perante tais desígnios. O Estado, defendem, deve assumir apenas um papel regulador, intervindo o menos possível na economia e na sociedade. Menos Estado, melhor Estado, dizem. Emagrecer o Estado impõe-se, afirmam.

Como se a redistribuição da riqueza conduzida pelo Mercado e não pelo Estado, desse azo a uma justa redistribuição.

O Estado demite-se e curva-se perante as empresas e esquece...

Esquece que a vocação primeira de qualquer empresa é a geração de lucro e não a resolução de problemas sociais. E se algumas empresas desenvolvem algumas acções visando a ajuda aos pobres, como campanhas de recolha de fundos associadas à venda dos seus produtos ou serviços, tal tem por base a sua promoção aos olhos dos consumidores, e não um genuíno desejo de resolver problemas sociais.

Por outro lado, é sabido que aos territórios onde o Estado não chega, ou por impotência ou por falta de vontade ou de capacidade, é a sociedade civil que lá tem de se desenrascar...substituindo-se ao papel que o Estado deveria ter.

As ONG e a sociedade civil têm um papel importante na resolução dos problemas sociais mas o Estado tem o papel mais importante no que cabe à resolução desses problemas. Não deve por isso escudar-se na acção das ONG e da sociedade civil (e das empresas) para justificar a sua demissão de uma tarefa que lhe cabe: o da redistribuição da riqueza e da resolução dos problemas sociais.

Por estas razões as "novas" políticas "socialistas", de socialista não têm nada. E nem sequer são novas.

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