E mesmo que o trabalho fosse o nosso castigo, deveríamos tender para fazer dele, do próprio castigo, a nossa consolação e a nossa redenção e, se tivermos de abraçar uma cruz, não há outra melhor para cada um do que a cruz do trabalho, o seu próprio ofício civil. Cristo não nos disse «toma a minha cruz e segue-me», mas «toma a tua cruz e segue-me»; cada qual leva a sua, que a do Salvador ele leva-a sozinho.
Miguel de Unamuno, Do Sentimento Trágico da Vida
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