Ode a um ministro qualquer
Ora, arvoram-se do alto dos seus palanques,
doutos sobre a turba.
Aturdem-nos com o dedo em riste
nos seus distendidos discursos.
Esmagam-nos com tanta sapiência,
A nós, os ignaros que os escutamos,
Homens sem ciência, mas com muita paciência.
Que sabemos apenas que nada sabemos.
E curvamo-nos ante o senhor doutor professor juiz,
Homo sapiens sapiens,
que sabe que sabe! Mas não sabe que não sabe!
Homem falho na humildade,
Homem morto na acção.
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