quinta-feira, dezembro 31, 2009

Excelente 2010

Feliz 2010 a todos os bloguers que, durante 2009, de alguma forma interagiram comigo, respondendo aos meus comentários ou ligando-se a este blogue.

Assim destaco o Marujo do E Deus Criou a Mulher, que continue a navegar nestes mares que povoa de belas sereias que nos levam à perdição; aos rapazes e raparigas do Insurgente, contra os quais me insurjo, sempre que posso, e com os quais discordo em quase tudo, mas não é por isso que deixámos de ter animadas discussões (em particular no Verão, que é quando tenho mais paciência para os aturar); à Lusitana Combatente, Terpsichore Diotima, que habita a Ilha dos Amores, para que não baixe as armas e continue a combater (por vezes ausenta-se durante tanto tempo, que julgo que abandonou o combate - foi a primeira a chamar-me a atenção para a questão dos efeitos secundários da gripe suína ou a tentativa de “privatização” dos sites da Internet; ao Tomás Vasques do Hoje há Conquilhas, pelas polémicas e respostas aos comentários, quando os havia; à eclética amiga M.P. do Eclético (e SIC TRANSIT GLORIA MUNDI); ao F.J. Santos do (Re)Flexões, que acompanho sempre com muita atenção, embora discorde com ele nalguns aspectos da política educativa e no papel da educação na sociedade; a Ana Cristina Leonardo com a sua animada Meditação na Pastelaria.

Outros blogues visitados amiúde, este ano: O Jansenista, com o seu bom gosto; A Causa foi Modificada, com o seu mau gosto para títulos e palavrões (ao ponto de não o colocar aqui nas listas de blogues, ao lado), mas rico em referências; e o Francísco José Viegas, d’A Origem das Espécies, um tripeiro liberal à moda antiga que sigo desde que entrei na blogosfera.

A todos, um Excelente 2010.




A lucidez de Esther Mucznik


«Se tivesse que resumir numa só palavra o tempo em que vivemos, eu utilizaria o termo "radicalização". Radicalização da violência social, em primeiro lugar, exacerbado pela crise económica: violência da pobreza, do fosso crescente entre ricos e pobres, do desemprego e da degradação da dignidade humana; violência de costumes e da "brutalização" das relações humanas; radicalização da própria natureza em revolta contra a mão humana; radicalização religiosa e nacionalista crescente; radicalização da violência militar terrorista - se é verdade que mata muito menos gente, ela é infinitamente mais cruel porque anónima, sem regras, imprevisível e dirigida maioritariamente contra alvos humanos desarmados...»

Esther Mucznik, no Público de hoje.

Pousou as palavras no papel, delicadamente, com todo o cuidado.

VERMEER, Johannes
A Lady Writing a Letter
1665-66
National Gallery of Art, Washington

Quem nunca pecou, que atire a primeira pedra.

Somália, 2009, Lapidação de um adúltero

domingo, dezembro 20, 2009

Nem os pangolins escapam


Nem os pangolins escapam à ganância do Homem. Enfim, há quem os compre, logo há quem os roube. São capital, os pangolins! Podem dar muito lucro, os pangolins.

Sobre os pangolins, 130, ver aqui.

Sinais da sexta extinção em massa

Já estamos a viver na era da sexta extinção em massa, exactamente quando o número de seres humanos sobre a Terra ultrapassa os 6 500 milhões. A composição química da atmosfera está a ser alterada a uma velocidade sem precedentes e o consumo dos recursos naturais ultrapassou os limites da sustentabilidade. As consequências já começam a sentir-se na vida da Terra. São inúmeros os sinais. Só não vê quem não quer ver.

"We are seeing a lot of geographic range reductions that are of a greater magnitude than we would expect, and we are seeing loss of subspecies and even a few species," Barnosky said. "So it looks like we are going into another one of these extinction events."

Ler mais aqui.

Então pensávamos que o fim do mundo seria num só dia? Já começou. Dois séculos são menos de um dia no grande relógio cósmico. Não nos dou mais tempo.

sábado, dezembro 19, 2009

As palavras
não pesam
como as consciências.

sexta-feira, dezembro 18, 2009

domingo, dezembro 13, 2009

terça-feira, dezembro 08, 2009

domingo, dezembro 06, 2009

quinta-feira, dezembro 03, 2009

terça-feira, dezembro 01, 2009

Lições do Império

São as guerras longínquas que garantem a paz que nos é próxima. Caso contrário, os bárbaros acamparão às portas da cidade. Esta é uma das lições do Império.

Talibãs

Quando uma bomba cai e os dizima, as suas armas são-lhes retiradas, as televisões são chamadas e por todo o mundo soa nos telejornais a atrocidade, o morticínio dos civis assassinados, por lapso, por mais um piloto equivocado.

Estes talibãs não passam de civis armados.

A Guerra dos Drones

Nos campos poeirentos do Afeganistão ensaiam-se novas armas. É o paraíso da indústria de armamento. Pouco antes da Segunda Guerra Mundial, também os Nazis tiveram nos céus de Espanha um campo de ensaio para os seus bombardeiros, antecipando os campos de batalha da guerra que secretamente preparavam. No Afeganistão, a NATO testa agora toda sua parafernália tecnológica. Os seus drones varrem o céu silenciosos. Penetram furtivos no campo do inimigo e projectam o seu fogo mortal. Alguém os controla remotamente a milhares de quilómetros de distância. Findo o dia retornará a sua casa, para junto da família, após ter sido rendido por mais um camarada. Estes drones são os futuros arrasadores de centrais nucleares. Os iranianos que se cuidem. Novas armas, novas guerras. Como sempre.

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