«Se tivesse que resumir numa só palavra o tempo em que vivemos, eu utilizaria o termo "radicalização". Radicalização da violência social, em primeiro lugar, exacerbado pela crise económica: violência da pobreza, do fosso crescente entre ricos e pobres, do desemprego e da degradação da dignidade humana; violência de costumes e da "brutalização" das relações humanas; radicalização da própria natureza em revolta contra a mão humana; radicalização religiosa e nacionalista crescente; radicalização da violência militar terrorista - se é verdade que mata muito menos gente, ela é infinitamente mais cruel porque anónima, sem regras, imprevisível e dirigida maioritariamente contra alvos humanos desarmados...»
Esther Mucznik, no Público de hoje.
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