Partiu o historiador que não acreditava nem no neoliberalismo nem no marxismo. Mas acreditava na democracia e no Estado social.
«Os que festejam o triunfo do mercado e o recuo do Estado, e que gostariam de nos fazer celebrar o alcance sem regras da iniciativa económica no mundo «plano» contemporâneo, esqueceram-se do que sucedeu da última vez que aqui passámos.
(...)
Quanto aos que sonham voltar a exibir a cassete marxista, remasterizada digitalmente e limpa de irritantes ruídos comunistas, fariam bem em perguntar-se, mais cedo do que tarde, o que é que se passa com os «sistemas» de pensamento totalmente abrangentes que conduzem inexoravelmente a «sistemas» de poder totalmente abrangentes.»
Tony Judt, O Século XX Esquecido, Lugares e Memórias, Edições 70, pág. 153