terça-feira, maio 10, 2011

Os horizontes de James Knight-Smith

Breath - 2008

«Permanecia muitas vezes na costa e quando observava o oceano sob todas as condições atmosféricas, invadia-me uma sensação de grande calma. Nunca me perguntei porquê. Sei apenas que a água é incrivelmente relaxante para mim.

Sempre quis capturar este sentimento na arte e lutei com esta ideia durante muito tempo, primeiro em desenhos, depois em fotografias. Foi por puro acaso que um dia, no ano passado, capturei finalmente o que queria. Desde então, trabalhei no aperfeiçoamento daquele estilo.

As minhas fotografias são simples composições, na maior parte céu e água, com um horizonte central. São fotos de cenas vulgares apresentadas de um modo diferente. Não se trata apenas de visão, mas sim de usar todas as minhas sensações, tentado trazê-las para as fotografias.

Estamos hoje todos muito ocupados, correndo às volta, procurando a próxima coisa a fazer, em vez de gozarmos o momento presente. Espero, ao apresentar ao observador formas mais abstractas, que consiga proporcionar-lhe um espaço de tranquilidade para seu usufruto.»

James Knight-Smith, “A series of moments”, Visura, Issue 11, 2010

***

As fotografias de James Knight-Smith transmitem-me uma grande sensação de calma e paz, de tal forma, que não as larguei mais assim que as vi e, de tempos a tempos, lá vou à Visura contemplá-las. Melhor do que esta contemplação só a observação directa dos horizontes marinhos. Horizontes sim, e não horizonte, pois aquela linha ao fundo, entre o oceano e o céu, nunca é a mesma e é muito mais do que uma linha.


Tranquility - 2009



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