«CITY of ships! | |
(O the black ships! O the fierce ships! | |
O the beautiful, sharp-bow’d steam-ships and sail-ships!) | |
City of the world! (for all races are here; | |
All the lands of the earth make contributions here;) | |
City of the sea! city of hurried and glittering tides! | |
City whose gleeful tides continually rush or recede, whirling in and out, with eddies and foam! | |
City of wharves and stores! city of tall façades of marble and iron! | |
Proud and passionate city! mettlesome, mad, extravagant city! | |
Spring up, O city! not for peace alone, but be indeed yourself, warlike! | |
Fear not! submit to no models but your own, O city! | |
Behold me! incarnate me, as I have incarnated you! | |
I have rejected nothing you offer’d me—whom you adopted, I have adopted; | |
Good or bad, I never question you—I love all—I do not condemn anything; | |
I chant and celebrate all that is yours—yet peace no more; | |
In peace I chanted peace, but now the drum of war is mine; | |
War, red war, is my song through your streets, O city!» |
Walt Whitman, Leaves of Grass
***
Cidade de navios!
(Oh, navios negros! Oh, navios ferozes!
Oh, belos vapores e veleiros de afiadas proas!)
Cidade do mundo!, (pois todas as raças estão aqui,
Todas as terras do mundo deram o seu contributo);
Cidade do mar! Cidade de apressadas e resplandecentes marés!
Cidade cujas jubilosas marés avançam continuamente ou retrocedem para dentro e para fora em remoinhos de espuma!
Cidade de cais e armazéns - cidade de altas fachadas de mármore e ferro!
Altiva e apaixonada cidade - cidade revolta, louca, extravagante!
Ergue-te, ó cidade, não só pela paz, mas pelo que é realmente, pela guerra!
Não temas - não te submetas a modelos que não sejam os teus, ó cidade!
Contempla-me - encarna-me como eu te encarnei!
Não recusei nada do que me ofereceste - aquilo que adoptaste eu adoptei,
Bom ou mau, nunca te questionei -amo tudo - não condeno nada,
Canto e celebro tudo o que é teu - mas basta de paz,
Na paz cantei a paz, mas agora o tambor da guerra é meu,
A guerra, a guerra vermelha é o meu canto através das tuas ruas, ó cidade!
Walt Whitman, Folhas de Erva - Antologia, Assírio & Alvim, 2003, pp. 263tradução de José Agostinho Baptista
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