«Ter caridade para com uma pessoa não significa, como em geral pensam as pessoas, ajudá-la a viver com aquilo que nos sobra a nós. Caridade significa ver no outro a graça, charis, que está oculta pela sua miséria, pela sua falta de educação, pela sua deformidade física mesmo. O homem caridoso com o aleijado é aquele que vê nele a graça que podia tê-lo feito um magnífico atleta, se a sua sorte ou as suas condições de vida não o tivessem levado a ser apenas um fragmento de gente. E o homem que vê no miserável, no desgraçado que pede esmola ou naquele que leva uma vida miserável, a charis interior, a graça que com ele nasceu e que perdeu vivendo – isso é que é a caridade.»
Agostinho da Silva, Vida Conversável, Assírio e Alvim, 1994, pág. 33.
Há muita gente que se toma por caridosa, sem sequer saber o que a caridade é. O que fazem, na verdade, é assistencialismo.
Enfim, lemos Agostinho, mais uma vez, e aprendemos com ele.
Poder confirmar algo que já sentimos ser como vemos escrito é sempre um momento rico.
ResponderEliminarObrigado por mo ter dado