Estou farto de economistas, em particular, de economistas como o senhor Doutor Campos e Cunha. Esses economistas que teimam em considerar o trabalho como um fim e não como um meio. Propõe o dito economista que se abulam alguns feriados, que se reduzam as férias e que se trabalhe mais umas horas semanais. Mas já não propõe que, nesse caso, se deva remunerar o trabalho na devida proporção. Propõe então o Sr. Doutor Campos e Cunha que se desvalorize o trabalho porque, de acordo com a sua sugestão, se passará a trabalhar mais tempo, recebendo o mesmo vencimento. Ora não me parece que o trabalho de hoje valha menos que o trabalho de ontem, mas o que o Sr. Doutor Campos e Cunha sugere é que se pague menos pelo mesmo trabalho (ou dito de outra forma, que se trabalhe mais, pela mesma remuneração). Ora para onde vai então o valor das horas adicionais de trabalho, se não for pago ao trabalhador na devida proporção no seu vencimento? Parece que aquilo que o Sr. economista, Doutor Campos e Cunha propõe, tem um nome: exploração!
Sugestões dessas, não muito obrigado.
Estará ele nessa disposição? Estará disposto a vender o seu trabalho por menos dinheiro? Porque não segue então as suas próprias sugestões, e se priva dos feriados, das férias e trabalha mais umas horas, pela mesma remuneração?
As interrogações postas são despropositadas. Campos e Cunha não pode ser confundido com a canalha que trabalha. Ele é consultor, também quadro superior, gestor. Ele aconselha o senhor, administra, trata dos bens e dos factores de produção. Entre eles o trabalho. Por isso o seu discurso é coerente, caso não fosse teria de trabalhar. Nunca se sabe, se um dia, terá... tal azar.
ResponderEliminarEnquanto tal azar vai e vem folgam-lhe as costas... e vai arrotando essas postas...de pescada...marada!