Entretanto já começavam a gorjear nas árvores mil espécies de coloridos passarinhos, que nos seus diversos e alegres cantos pareciam dar as boas-vindas e saudar a fresca aurora, que pelas portas e balcões do Oriente ia descobrindo a formosura do seu rosto, sacudindo dos seus cabelos um número infinito de pérolas líquidas, cujo suave licor, banhando as ervas, dava a impressão de serem elas que ressumavam e soltavam um branco e miúdo aljôfar; os salgueiros destilavam maná saboroso, riam-se as fontes, murmuravam os arroios, alegravam-se as selvas e enriqueciam-se os prados com a sua vinda.
Cervantes, Dom Quixote, Vol. II. Livraria Civilização Editora, 1999. Pág. 82-83.
A natureza libertada
ResponderEliminarDe gelo
De pesadelo
De aproximação
(Cervantes e Paco De Lucia em dia de Restauração...)
Pois é caro amigo Rogério. Não tinha pensado nisso (Cervantes e Paco De Lucia em dia de Restauração...)
ResponderEliminarConsta que a mãe de Paco de Lucia era de Castro Marim, uma portuguesa portanto. Foi em homenagem à mãe que ele intitulou um álbum com o nome daquela vila.
A exacerbação do nacionalismo faz cada vez menos sentido nos dias de hoje.
Mas não é por isso que deixamos de ser patriotas.
Um abraço.