domingo, janeiro 08, 2012

Tempos pós-democráticos


«Mas, por muito que Portugal tenha entrado na pós-democracia – e que os políticos portugueses representem de facto interesses outros e privados ou que pouco ou nada têm a ver com o que é a representatividade democrática dos cidadãos e do interesse público -, o sistema político dá ainda poderes ao Presidente. E se este, de facto, não quisesse apenas limitar-se fazer discursos da carochinha, então poderia ter sido coerente com o que é o seu pensamento já expresso anteriormente e com o que é a Constituição, e teria mandado para o Tribunal Constitucional o Orçamento de Estado, em particular as normas que confiscam o subsídio de Natal e de férias dos funcionários públicos.»

São José Almeida, Público, 7 de Janeiro de 2012


Luís Costa, Da Nação
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Democracia, democracia, democracia…A palavra é hoje repetida cada vez mais, até à exaustão, como um grito surdo. Dizemo-la porque decerto sentimos que está a escapar-nos. Parece que vivemos tempos análogos àqueles em que a guerra indesejada e inevitável se pressente, e então a palavra “paz” invade ansiosamente as bocas do mundo. Assim é agora com a "democracia".

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