«Mas, por muito
que Portugal tenha entrado na pós-democracia – e que os políticos portugueses
representem de facto interesses outros e privados ou que pouco ou nada têm a ver
com o que é a representatividade democrática dos cidadãos e do interesse
público -, o sistema político dá ainda poderes ao Presidente. E se este, de
facto, não quisesse apenas limitar-se fazer discursos da carochinha, então
poderia ter sido coerente com o que é o seu pensamento já expresso
anteriormente e com o que é a Constituição, e teria mandado para o Tribunal
Constitucional o Orçamento de Estado, em particular as normas que confiscam o
subsídio de Natal e de férias dos funcionários públicos.»
São José Almeida, Público, 7 de Janeiro de 2012
Luís Costa,
Da Nação
***
Democracia, democracia, democracia…A palavra é hoje repetida cada
vez mais, até à exaustão, como um grito surdo. Dizemo-la porque decerto sentimos
que está a escapar-nos. Parece que vivemos tempos análogos àqueles em que a
guerra indesejada e inevitável se pressente, e então a palavra “paz” invade ansiosamente
as bocas do mundo. Assim é agora com a "democracia".
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