«No nono mês do
ano chia-wu do período Yongle (1414)
veio um k’i-lin do país de Bengala e
foi formalmente apresentado como tributo à Corte. Os ministros e o povo
reuniram-se todos para o admirar e a sua ventura não tem limites. Eu, Vosso
servo, ouvi dizer que quando um sábio possui a virtude da máxima benevolência
de tal modo que ilumina os lugares mais escuros, então aparece um k’i-lin.»
Academia Imperial Chinesa, séc. XV, in Daniel
Boorstin, Os Descobridores, Gradiva,
1994, pp. 188.
«Deveras foi criado um k’i-lin cuja forma tinha 4, 5 m de altura,
Com o corpo de um cervo e a cauda
de um boi, e um chifre carnudo e sem osso,
Com manchas luminosas como uma
nuvem vermelha numa névoa purpúrea.
Os seus cascos não pisam seres
vivos, e nas suas perambulações escolhe cautelosamente o seu caminho,
Anda de modo imponente e no seu
movimento respeita um ritmo,
A sua voz harmoniosa soa como um
sino ou um tubo musical.
Meigo é este animal que em toda a
Antiguidade apenas uma vez foi visto,
A manifestação do seu espírito
divino ascende para a morada do Céu. »
Academia Imperial Chinesa, séc. XV
in Daniel Boorstin, Os Descobridores,
Gradiva, 1994, pp. 189.