«Se uma “situação revolucionária”
se caracteriza pela desintegração psicológica e moral de todas as forças de
resistência a tal ponto que um punhado de insurrectos mal armados se tornam
capazes de conquistar as fortalezas tidas por mais inexpugnáveis da reacção, então a «situação fascista» é o
seu paralelo exacto – sendo a diferença que, com ela, são os baluartes da democracia e das liberdades
constitucionais que são conquistados, ao mesmo tempo que as suas defesas
caem e falham do mesmo modo espectacular.»
Karl Polanyi (1944), A Grande Transformação, Edições 70,
2012, p. 446
Em Portugal, na década de 20 do
século XX, assistimos a uma “desintegração psicológica e moral” da Iª República
e ao cansaço da população motivado pela contínua instabilidade política. Essa
situação facilitou a ascensão da ditadura que serviu de incubadora ao Estado
Novo. Digamos que a Iª República caiu de podre e deu lugar ao Estado Novo. O
Estado Novo, por sua vez, caiu de podre no 25 de Abril de 1974 e deu lugar à
IIIª República.
A questão que se coloca é a seguinte: quando irá a IIIª República cair de podre?
Talvez estejamos ainda longe dessa data, mas já algo começa a cheirar mal, e não é no reino da Dinamarca.
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PS - A propósito, deparei, por acaso, com este post no Ouriço. AQUI.
A questão que se coloca é a seguinte: quando irá a IIIª República cair de podre?
Talvez estejamos ainda longe dessa data, mas já algo começa a cheirar mal, e não é no reino da Dinamarca.
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PS - A propósito, deparei, por acaso, com este post no Ouriço. AQUI.