«Cada português pode imaginar o que é que sucederia a Portugal, país que depende enormemente, todos os dias, do financiamento das instituições internacionais para o desempenho das funções do Estado, para o funcionamento das empresas e dos bancos, se juntássemos a essa situação uma crise política», alertou Cavaco Silva» [1]. AQUI.
Que somos dependentes sabemos nós. Mas caramba! Para que precisamos de um Presidente que nos está sempre a lembrar a nossa impotência e a nossa dependência em relação ao financiamento externo e aos mercados financeiros? Que já não somos independentes sabemos nós. E vamos agora contentar-nos com isso? Temos de conformar-nos? É isso?! Ora é isso uma ova! O que estão o Governo e o Presidente a fazer para que voltemos novamente a ser independentes e livres? Lembra-nos o Presidente que o Estado não funciona sem a ajuda financeira do exterior. Pois! É um facto! Mas as palavras, senhores, as palavras... "Portugal, país que depende enormemente, todos os dias, do financiamento das instituições internacionais..."Wrong words!", "Le parole sono importante!" Portugal tem de voltar a ser independente. Deveria ser nisso que o Governo e o Presidente e toda a classe política e ainda, todos os portugueses, deveriam estar a empenhar todas as suas energias. Mas todo o discurso do Presidente e dos que nos governam aponta no sentido do conformismo e da impotência. E é isso que é revoltante. Fracos líderes fazem fraca a forte gente.
É preciso mudar este estado de coisas a começar por estes políticos sem desígnio que nos lideram. Mas que raio de país é Portugal, que não consegue autofinanciar-se, que não consegue erguer-se por si só, que não consegue ser livre? É isto um país? Porque haveríamos de contentar-nos com esta situação de dependência? Porque haveríamos de contentar-nos em regressar aos mercados, só para continuar a alimentar uma vida a crédito, sem qualquer liberdade e sem uma autodeterminação plena?
Ao fim de tantos anos, D. Afonso Henriques dá voltas na tumba.