«Este é um passo muito importante na construção da paz na Venezuela, da
convivência de todos nós! (…)
Quero fazer-vos um apelo à unidade nacional e ao trabalho conjunto!
Quero por isso fazer de novo um reconhecimento especial à liderança adversária
que não se prestou aos planos desestabilizadores que alguns acarinhavam! É assim
que se joga a democracia, impondo a voz da maioria, respeitando a voz da minoria!»
Hugo Chávez à multidão,
no seu discurso de vitória, (os sublinhados são nossos). AQUI.
Certos historiadores e opinion makers intelectualmente
desonestos, tendenciosos e ideologicamente comprometidos, escrevem as suas histórias
deturpadas que a realidade, por vezes, rapidamente se apressa a desmentir. Leia-se, por
exemplo, o que escreve o historiador Niall Ferguson sobre o “demónio” Chávez,
no seu Civilization, The West and the
Rest[1].
É preciso ler esta gente com espírito muito crítico. Queira-se ou não, Hugo
Chávez é presidente da Venezuela, democraticamente eleito, num
sistema pluripartidário. Não é um ditadorzeco sul-americano, como
muitos nos querem fazer crer. É um democrata!
Para que não haja dúvidas, aqui
ficam os resultados homologados pela Comissão Nacional de Eleições da
Venezuela:
"O candidato Hugo Rafael
Chávez Frías, obteve 7.444.082 (54,2%) votos, o candidato Henrique Capriles
Radonski, obteve 6.151.544 (44,97%). A candidata Reina Sequera obteve 64.281
votos (0,46%). O candidato Luís Alfonso Reyes 7.372 votos (0,05%). Maria Josefina
Bolívar obteve 6.969 votos (com 0,05%) e Orlando Chirinos 3.706 votos (0,02 por
cento)", disse, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.”
É caso para dizer, também entre
nós: em democracia, há sempre alternativa!
[1] Obra
editada em Portugal: Niall Ferguson, Civilização
– O Ocidente e os Outros, Civilização Editora, 2012.