segunda-feira, outubro 08, 2012

Em democracia, há sempre alternativa!



«Este é um passo muito importante na construção da paz na Venezuela, da convivência de todos nós! (…)
Quero fazer-vos um apelo à unidade nacional e ao trabalho conjunto! Quero por isso fazer de novo um reconhecimento especial à liderança adversária que não se prestou aos planos desestabilizadores que alguns acarinhavam! É assim que se joga a democracia, impondo a voz da maioria, respeitando a voz da minoria!»

Hugo Chávez à multidão, no seu discurso de vitória, (os sublinhados são nossos). AQUI.

Certos historiadores e opinion makers intelectualmente desonestos, tendenciosos e ideologicamente comprometidos, escrevem as suas histórias deturpadas que a realidade, por vezes, rapidamente se apressa a desmentir. Leia-se, por exemplo, o que escreve o historiador Niall Ferguson sobre o “demónio” Chávez, no seu Civilization, The West and the Rest[1]. É preciso ler esta gente com espírito muito crítico. Queira-se ou não, Hugo Chávez é presidente da Venezuela, democraticamente eleito, num sistema pluripartidário. Não é um ditadorzeco sul-americano, como muitos nos querem fazer crer. É um democrata!

Para que não haja dúvidas, aqui ficam os resultados homologados pela Comissão Nacional de Eleições da Venezuela:

"O candidato Hugo Rafael Chávez Frías, obteve 7.444.082 (54,2%) votos, o candidato Henrique Capriles Radonski, obteve 6.151.544 (44,97%). A candidata Reina Sequera obteve 64.281 votos (0,46%). O candidato Luís Alfonso Reyes 7.372 votos (0,05%). Maria Josefina Bolívar obteve 6.969 votos (com 0,05%) e Orlando Chirinos 3.706 votos (0,02 por cento)", disse, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.”

É caso para dizer, também entre nós: em democracia, há sempre alternativa!

Basta que o queiramos, sem medo.



[1] Obra editada em Portugal: Niall Ferguson, Civilização – O Ocidente e os Outros, Civilização Editora, 2012.

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