Eu quero lá saber das ideias da
Isabel Jonet. Ela que continue trabalhando, o resto (o que diz, o que pensa, o que sente) não me interessa. Interessa-me o que faz. Se ela
pensa, fala e sente como a “tia Jonet”, problema dela. Só lhe fica mal, mas enfim, é a Jonet.
E em relação à chanceler Merkel e
aos queixumes dirigidos à mesma, que já se avolumam em manifestação, espantam-me.
São um sinal de infantilidade perante alguém que pugna pelos interesses do seu
país, que é para isso que ela o lidera. É porém verdade que a política da
Merkel pode conduzir-nos à velha Europa das rivalidades nacionais exacerbadas (mas
rivalidades nunca deixaram de existir, não sejamos ingénuos). A velha Europa
regressará (e não me venham dizer agora, que esta foi sempre a velha Europa,
porque é preciso conhecer a história da Europa pré-1945 ou pré-1957, para saber
o que era a velha Europa), se a nova Europa
deixar. Repito: a velha Europa regressará, se a nova Europa deixar. E entre os que defendem a nova Europa, estão também muitos alemães. Por isso, o problema não é a Merkel nem os alemães, mas os que a ela se submetem caninamente.
Fizessem o mesmo os que nos
lideram e lideraram, pelo nosso País, ou seja, tivessem defendido acerrimamente
os interesses de Portugal e da nova Europa, em vez de ir visitar a Merkel, de
braço estendido e implorando, como fizemos aqui referência, e hoje não estaríamos submetidos a tão triste espectáculo.
Ou simplesmente, não estaríamos submetidos.
A culpa não é da Merkel, é nossa,
ou melhor, daqueles que tão mal nos lideraram e lideram.
Disse.
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(*) - Isto
para evitar o termo, “a doença infantil de uma certa Esquerda”, que aqui não há hemiplegias
morais – vide o post inaugural deste blogue.