Pobre comandante idolatrado,
O teu corpo, embalsamado,
E não em cinzas cremado
e no Orinoco libertado.
(Como por certo desejarias)
Ou simplesmente, sepultado.
Que gente é esta que idolatra restos mortais
Como se isso importasse mais que imorredouros ideais?
(Que por certo defendias)
Ignaros é o que são!
O teu corpo já serviu
E brilho já não tem.
Será apenas uma imagem,
Exibida à passagem
Numa urna de cristal.
Para sempre exposto num mausuléu
Para consumo de massas e romarias,
E turistas noutros dias.
Para consumo de massas e romarias,
E turistas noutros dias.
É o culto da imagem.
E ainda lhe chamam homenagem...
Triste fado,
O do comandante empalhado.
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