
A atribuição de ratings pelas agências encerra um
elevado grau de subjectividade, como aqui se refere. Os ratings são atribuídos não a partir da
realidade vivenciada pelos povos, sociedades e nações, mas com base em fórmulas
de duvidosa validade científica, ou com base em sabe-se lá o quê – são opiniões, diz-se aqui. Os “sábios” que estão por detrás dessas classificações, não
são antropólogos, sociólogos, geógrafos, historiadores, etnógrafos, filósofos, etc.,
enfim, profundos conhecedores da realidade dos povos. São economistas e financeiros armados
de números, folhas de Excel, preconceitos, ideologia, e embriagados na sua hubris - uma espécie de gasparzinhos.
Epílogo
Depois veio a troika, naquele belo dia de sol, e surpreenderam-se
com o povo sossegado que encontraram nas esplanadas e com a pacatez de um país
que devia estar em crise e que afinal não se comportava de acordo com as suas
expectativas. Havia que fazer alguma coisa. O “deboche” não podia continuar.
Referência
Agnew, John (2012), “Of canons and fanons”, Dialogues in Human Geography, 2012 2:
321
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