domingo, outubro 08, 2017

Que venham as tempestades



Alheada do nosso quotidiano, das nossas querelas, das nossas mobilizações, longe, corre a frente polar. Longe caem as chuvas que fertilizam os campos e lavam as cidades outonais. Longe vai o tempo em que o Outono era Outono. O pó do Verão paira e entope ainda as nossas narinas. A continuar assim o Verão de São Martinho vai ser uma pilhéria, uma ironia, um Verão pontual perdido entre dias de Verão. Maldito céu azul.

Que venham as tempestades.  

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