quinta-feira, agosto 30, 2018

Irresistível II

Diria que é mais isto.

Inspirado nas Brumas da Memória

Walter Mittelholzer (1894-1937)

Walter Mittelholzer im Landesmuseum Zürich!





Walter Mittelholzer,  Zürich, Hauptbahnhof, Landesmuseum, Limmat,1919

Walter Mittelholzer foi um dos pioneiros da fotografia aérea, tendo sobrevoado terras nunca dantes sobrevoadas.

Outras fotografias podem ser vistas aqui e no Landesmuseum (Zurique), até 10 de Outubro.

terça-feira, agosto 28, 2018

"Eles"

Cristãos coptas, Egipto
Na política americana e europeia, “eles” é muitas vezes o imigrante que anseia entrar – o migrante mexicano ou da América Central que espera entrar nos Estados Unidos, ou o refugiado islâmico do Médio Oriente ou do Norte de África que espera viver na Alemanha, França, Grã-Bretanha ou Suécia. Nos países pobres, especialmente naqueles cujas fronteiras foram traçadas pelos colonizadores, “eles” é muitas vezes o outro étnico, religioso, ou de minorias sectárias com raízes mais antigas do que as próprias fronteiras. Pensemos nos muçulmanos da Índia, do oeste da China ou da região do Cáucaso na Rússia. Muçulmanos sunitas no Iraque ou muçulmanos xiitas na Arábia Saudita. Pensemos nos cristãos do Egipto ou nos curdos da Turquia. Pensemos nos chineses e noutras minorias étnicas da Indonésia e Malásia. Há muitos mais exemplos. Estes grupos tornam-se alvos fáceis quando os tempos se tornam difíceis e um político quer ganhar renome à sua custa. O Ruanda e a antiga Jugoslávia são exemplo dos contos sinistros mais recentes de como países em desenvolvimento com instituições fracas podem repetir atrocidades cometidas em eras anteriores.

Ian Bremmer, Us vs. Them: The Failure of Globalism, Portfolio/Penguin, 2018, p. 50.
(tradução nossa)

O que aí vem não é nada de bom


sexta-feira, agosto 17, 2018

Capitaloceno?!

"É muito importante politizar o conceito de Antropoceno. Uma forma de politização é a que se verifica quando se defende que esse conceito deve ser substituído por Capitaloceno."
Frédéric Neyrat
 (Entrevistado por António Guerreiro, no Público)

Infelizmente os desastres ecológicos ou a sexta extinção de massa não tiveram início com a ascensão do capitalismo. Se assim fosse seria fácil resolver o problema: bastaria mudar de sistema económico.

Maoris "capitalistas", caçando moas na Nova Zelândia
É certo que o capitalismo, predatório por natureza, acelerou a degradação dos recursos naturais e dos ecossistemas, assim como a extinção de espécies. Contudo tais processos, por um lado, tiveram início muito antes de o capitalismo dominar o planeta e, por outro, verificaram-se também sob o domínio de outros sistemas económicos. Se não, então como explicar desastres ecológicos como o desaparecimento do mar de Aral, a tragédia de Tchernobil ou a desflorestação da Europa Oriental, num tempo e num espaço dominado por regimes comunistas avessos ao capitalismo? Como explicar a extinção da megafauna da Nova Zelândia à chegada dos primeiros seres humanos, cerca de 1000 d.C. (Diamond, 2002: 56) ou a desflorestação da ilha de Páscoa? Tais ilhas não foram inicialmente colonizadas por capitalistas.

Não, não é o capitalismo. É o Homem.

Antropocénico (ou Antropoceno) é o termo correcto.
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Referências

quinta-feira, agosto 16, 2018

Respeito

Aretha Franklin (1942-2018)

Qual tolerância?! Respeito! (E não o “respeitinho” que alguns jocosamente proferem, tentando ridicularizá-lo, alérgicos a toda e qualquer forma de autoridade, que confundem com autoritarismo).

Respeito principalmente para com as mulheres e as crianças. Respeito para com todos os dignos de respeito: quase a humanidade inteira.

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