domingo, setembro 20, 2020

Um riso crocitante

 O riso daquela mulher assemelhava-se ao crocitar de uma ave de carniça. Era um corvo que ria na praia um riso galhofeiro, boçal, à passagem de um barrigudo emproado que pelas narinas sorvia o ar fresco da tarde. Caminhava bamboleando-se pela beira do mar. Ao longe o horizonte do mundo, alheio e esquecido, amigo íntimo do mar profundo.

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