Ante o maior desafio com que a Humanidade se defronta, ainda
há quem hesite, ainda há quem duvide, ainda há quem o negue.
Ainda há quem apelide os ambientalistas de uns meninos
urbanos com sonhos idílicos e bucólicos (uma Helena Matos que escreve no Blasfémias
e no Observador, por exemplo). Que a imagem que fazem da natureza nunca existiu,
só na cabeça deles. Que a natureza e o campo não é nada do que imaginam. Que é
antes uma via para o lucro, com as suas monoculturas de eucaliptos e palmeirais,
a sua agricultura e pecuária. Isso sim é que é o campo.
Pois bem, Sir David Attenborough que tinha 94 anos quando
escreveu este livro, passou grande parte da sua vida a observar, a estudar e a
transmitir aos outros a beleza do mundo natural (em oposição ao artificial),
dos animais e das plantas e da forma como se relacionam entre si e com o
ambiente. A mensagem que nos transmite neste livro é bem clara e cristalina: ou
esta geração muda a forma de se relacionar com o mundo natural ou é o fim da
Humanidade. Não é o fim do mundo, é o fim da Humanidade.
A Natureza, essa, encontra sempre o seu caminho.
O livro é pedagógico e é excelente.
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