«Homero e Hesíodo atribuíram aos deuses todas as coisas que são vergonha e desgraça entre os mortais: roubos, adultérios, enganar o próximo…Os mortais acreditam que os deuses são formados à sua imagem e semelhança e usam roupas como as deles, e voz, e forma…sim, e se os bois, os cavalos ou os leões tivessem mãos, e pudessem pintar com elas, e produzir obras de arte como os homens, os cavalos pintavam deuses com forma de cavalos, e os bois de bois e faziam-lhes os corpos segundo os da própria espécie…Os etíopes representam os seus deuses pretos e de nariz achatado; os trácios dizem que os deuses têm olhos azuis e cabelo ruivo.»
Xenofonte
citado por Bertrand Russel, Pensamento e Comunicação, Correspondência
(1950-1968), Brasília Editora, 1971, p. 181.
Terá sido o universo a criação de um deus que o programou
para que evoluísse de forma a que, a dada altura, estivessem reunidas as
condições para o surgimento do Homem? (o que designam por “princípio
antrópico”) Não creio. Já uma evolução
do universo programado para o surgimento de vida inteligente, ou seja, com capacidade
de se questionar sobre a sua própria origem, existência e de um
criador, é uma hipótese a considerar.
O “princípio antrópico” é uma vaidade, como atesta
Xenofonte.
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