terça-feira, dezembro 30, 2025

Atlântico

 

Há uns tempos para cá, quando o ano se aproxima do seu fim, adentro-me mil e quinhentos quilómetros no Atlântico e venho para a ilha onde pela primeira vez vi a luz.

Longe do mundo, mas perto do mundo, nos antípodas do seu atual centro geopolítico e geoeconómico - o Pacífico e as margens da Ásia Oriental - cerco-me do mar bravo, dos ventos de tempestade e dos elementos em fúria. Que os senhores da guerra se distraiam com os seus cenários de fim do mundo e de guerras longínquas. Que o seu olhar cobiçoso se afaste daqui. Que o Atlântico fique resguardado por ser subestimado. Sim, vão para o Pacífico. Deixem o Atlântico rugir em paz porque é a paz que aqui se encontra.

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