domingo, setembro 20, 2009

Family Frost nightmare

Na mais recôndita aldeia da serra algarvia, soa a horripilante melodia, bem estridente, para o terror dos apaniguados da sesta e dos sonolentos bebés: Family Frost nigthmare. Omnipresente, persegue-nos aos confins do mundo com a sua lancinante gaita.

Às vezes gostaria de ter um bacamarte para poder disparar à passagem do sonoro realejo.

E não sou só eu que me queixo.

sábado, setembro 19, 2009

Barroso e a regulação esperta

Este homem será o futuro presidente de Portugal! Astuto, esperto, conquistou a Europa, depois de Bush, Aznar e Blair terem sucumbido. Ele vive e facilmente conquistará Portugal (se é que já não conquistou). Será presidente. É uma questão de tempo. Após Cavaco (ou Alegre), virá Barroso.

A forma como se refere à regulação (sempre com pinças), é coisa que só poderia vir de alguém do país do chico-espertismo. Smart regulation, diz ele. Pois. Porque regulação, tout court, assustaria neoliberais e lá se iam uns votinhos.

A regulação está presente no seu discurso, mas não é uma regulação qualquer. É a smart regulation.

A Luta


“A luta nunca será inglória, seja qual for o desfecho!”


António Feio, actor, doente com um cancro no pâncreas.

Força António, queremo-lo connosco. Ainda é cedo para partir!

quarta-feira, setembro 16, 2009

Aproxima-se a hora dos mares revoltos


Caspar Friedrich, Vista de um Porto, 1815-1816


Aproxima-se a hora dos mares revoltos.

A hora de trocar o navio pelo arado.
Os dias mudam, mas os gestos repetem-se.
São os trabalhos e os dias
Que duram há uma eternidade.
Outro dia voltaremos a trocar os arados pelas naus,
E assim sucessivamente,
Num ciclo interminável que se renova
Desde o princípio dos séculos.
São os trabalhos e os dias
Que duram há uma eternidade.
(Hoje o vento dançou mais uma vez,
Com as folhas no meu quintal)

quarta-feira, setembro 09, 2009

Onde é que eu já ouvi isto?

Retirado daqui.

Rato Gigante

Uma equipa de filmagem da BBC está a fazer grandes descobertas na caldeira de um vulcão perdido da Papua-Nova Guiné, num lugar onde o Homem jamais pôs os pés. Consta que nem as tribos autóctones ousavam aventurar-se naquelas terras. E pela reacção dos bichos encontrados parece que é verdade: os seres humanos são-lhes completamente estranhos. Fica o filme do rato gigante, com mais de meio metro de comprimento (julgo que já tinha sido antes descoberto nas selvas da Indonésia em 2007, como se noticia aqui). Até agora ainda não se encontrou naquela área um bichano de dimensões proporcionais, mas ao ritmo das descobertas que estão a ser feitas, tudo é possível.

Para mais informações, clique aqui.

sexta-feira, setembro 04, 2009

Franklin Delano Roosevelt (1882-1945)

Franklin Delano Roosevelt (1882-1945)

quinta-feira, setembro 03, 2009

Virtudes e limitações da crítica marxista


As políticas modernistas da Esquerda tradicional constroem-se sobre a presunção de continuidades históricas, essencialmente a persistência de relações de exploração na produção capitalista e do potencial revolucionário da classe trabalhadora. Estas condições continuam a ser, em parte no presente, iguais ao que eram no passado. Mas esta revelação ou desmistificação diz-nos pouco mais de que o capitalismo todavia existe. Ainda que a crítica marxista mantenha uma intuição relevante no momento de ajudar-nos a compreender que hoje há mais do mesmo em relação ao passado, proporciona-nos muito menos profundidade no momento de ajudar-nos a entender – e a responder de uma forma efectiva – ao que hoje há de novo e diferente.

Edward Soja (2000). Postmetrópolis - Estúdios críticos sobre las ciudades y las regiones. Traficantes de Sueños. 2008. Pág. 483.

quarta-feira, setembro 02, 2009

O “socialismo” da “governação socialista”

O que impossibilitou as reformas anunciadas e esperadas da governação socialista?
É um enigma. Não sei porque é que não funcionou. Eu tive esperança…Possivelmente tem a ver com os impasses internos, como o marxismo dizia, com «contradições internas» - eu prefiro «impasses» - da própria política de modernização, que foi feita a martelo. Imposta a martelo. Que ela tenha de ser imposta de cima, muito bem, mas então que se faça ouvindo quem está por baixo, as populações, os grupos sociais, etc., para além mesmo dos sindicatos. Vamos supor uma coisa, a sinceridade: eles queriam mesmo mudar isto e começaram a martelo porque docemente não se vai lá. Simplesmente o martelo obriga a muita coisa que provoca o seu contrário e se vira contra si. Depois há aqui outros temas a desenvolver: por exemplo, o que é o socialismo desta governação socialista? Fala-se sempre numa coisa óptima que fez o Governo, que foi assegurar a Segurança Social e fala-se unicamente nisso. O resto são migalhas que estão adiadas, que não foram feitas. Então o que há aqui de socialismo? Nada.
José Gil, LER, Entrevista de José Riço Direitinho, Setembro 2009, página 24.

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