domingo, outubro 11, 2009

October Lazy Sunday Morning in Spain

Praia de Islantilla (Andaluzia)

Passeio de Islantilla (Andaluzia)

A tranquilidade matutina do domingo oculta uma ameaça velada. O Verão prolonga-se até meados de Outubro e ainda não terminou. A água falta nos campos e nas albufeiras. Na serra aguarda-se desesperadamente pela chuva. Entretanto tudo é abandono e quietude. Receia-se um novo ciclo de prolongada seca. Mas está uma agradável manhã de domingo em Islantilla.

sábado, outubro 10, 2009

terça-feira, outubro 06, 2009

Ozymândias



Nemrut Dagi, sudeste da Turquia

Ozimândias

«Encontrei um viajante de uma terra antiga,
Que disse: “Duas vastas pernas de pedra sem tronco
Erguem-se no deserto. Perto delas, na areia
Meio enterrado, jaz um rosto despedaçado, cujo olhar severo
Revela na expressão escarninha de frio comando,
Que o escultor bem sabia ler essas paixões
Que ainda sobrevivem, estampadas nestas coisas sem vida,
A mão que as arremedava e o coração que as alimentava.
E sobre o pedestal, podem ler-se estas palavras:
“O meu nome é Ozimândias, Rei dos Reis:
Olhai as minhas obras, ó Poderosos, e desesperai!”
Nada mais resta ali. Em redor da ruína
Daquele colossal destroço, ilimitadas e nuas
As solitárias e suaves areias estendem-se na distância.»

Percy Bysseh Shelley (1792-1892)


E ainda há quem clame por reis e pela glória perdida,
- A vã glória de mandar - quando o destino dos reis é o do homem mais comum, e na sua vida
Ordenam obras destinadas às areias dos desertos e impérios de vento.
E os ossos apodrecidos dos homens que os serviram
Jazem no fundo dos oceanos, tendo os navios como sarcófago
E o mar como sepultura.

sábado, outubro 03, 2009

Humanismo grego


Muitos prodígios há; porém nenhum
maior do que o homem.
Esse, co’o sopro invernoso do Noto,
passando entre as vagas
fundas como abismos,
o cinzento mar ultrapassou. E a terra
mortal, dos deuses sublime,
trabalha-a sem fim,
volvendo o arado, ano após ano,
com a raça dos cavalos laborando.

Sofócles, Séc. V a. C.

quarta-feira, setembro 30, 2009

Os pigmeus Mbuti e o saque do mundo


Raparigas, cobertas de barro, preparadas para a cerimónia de circuncisão dos rapazes.

Os Mbuti são uma tribo ancestral de caçadores recolectores em pleno século XXI. O seu habitat - as florestas da República Democrática do Congo - encontra-se cada vez mais ameaçado pela desflorestação.

Se a maior parte de nós deixou, há milhares de anos, de ser caçador-recolector, os poucos que restam nos seus secretos redutos, serão forçados a deixar de sê-lo, este século. É o resultado da transformação da floresta equatorial em capital por empresários do ramo madeireiro e por governantes corruptos.

A África continua a saque, já não por colonos e exploradores ávidos de marfim, ouro e escravos, mas pelas elites dirigentes aliadas às multinacionais, ávidas de lucro e recursos naturais.

É assim que a globalização vai alimentando, desde o século XV, o saque do mundo.

terça-feira, setembro 29, 2009

E agora, algo verdadeiramente mais interessante...

Reunião de Grous nos arredores de Berlim

Etiquetas