sexta-feira, julho 22, 2011

quarta-feira, julho 20, 2011


Pôr-de-sol na Praia Verde, 8 de Julho de 2011

Caramba! Eu não queria, mas foi mais forte do que eu.

Na melhor nódoa cai o pano.

segunda-feira, julho 18, 2011

Retoma em 2013!

Afinal a retoma será em 2013. Então poderemos respirar de alívio, dizem-nos Passos Coelho & Vítor Gaspar.

Veremos o que nos dirão em 2013: talvez, que afinal a retoma seja, lá para 2015. E em 2015, lá para 2018, e assim sucessivamente.

É o mais provável.

(A retoma é sempre amanhã.)


Devem julgar que somos burros atrás da cenoura da retoma, enquanto nos vergastam com mais impostos.

domingo, julho 17, 2011

O impasse

Eis-nos chegados a um impasse. Ou avançamos para um federalismo castrador do projecto nacional e abandonamos, de vez, o domínio sobre a capacidade de alterar o nosso destino enquanto nação – neste caso passaremos, definitivamente, a ser mais uma região, ou uma espécie de Califórnia, nos novos Estados Unidos da Europa. Ou recuamos e saímos da Zona Euro, mantendo salvaguardada uma grande parte da nossa soberania, mas com custos económicos e sociais muito elevados, no curto prazo, como se diz aqui.

Ficar na situação em que estamos, numa Zona Euro cujos Estados não foram, nem são capazes, de manter a sua economia entre as apertadas balizas dos critérios de convergência, não é viável, nem desejável. Aqui, não podemos ficar!

***

PS - A necessidade aguça o engenho. Talvez tenha de ser criado um novo caminho que não passe por um recuo ou por um avanço. Mas para onde caminhar?

sexta-feira, julho 15, 2011

Entretanto, na ilha do Bornéu, prossegue a destruição do mundo, tal como o conhecemos


É preciso observar bem, pois tudo isto, em breve, estará transformado num imenso palmeiral. O longo braço da sanha capitalista chega aos lugares mais recônditos do planeta. Prossegue a destruição criativa do espaço. É preciso convertê-lo em mercadoria, para que dê lucro.

1994


Uma garrafa vazia aguarda sobre a mesa
A tua mão ávida,
A tua boca ressequida, equivocada.

A taverna está deserta,
E a brisa agita as teias pendentes.
O teu olhar perde-se nas sombras
E brilha azul no escuro.

Há um copo em repouso sobre o balcão
Com um Porto luzidio.

1994 foi um ano bom.

Já recolhem a casa
Exaustos trabalhadores.
É o fim da tarde.

Vãos os árduos esforços,
Vãos os beijos que depositei na tua face.
Fujo.

Em fuga arremeto contra o vento.
Mergulho na liberdade,
No oceano, no abismo.
Caio, engulo ar.

1994 foi um ano bom.

Quando a tarde finda,
A difusa luz doira os muros
Dos blocos suburbanos.

Da minha janela
não tenho horizontes.

Avisto as nuvens multiformes
Em viagem.
Vagueio em pensamento.

1994 foi um ano bom.

quarta-feira, julho 13, 2011

Porto ao Pôr-de-sol

Claude Lorrain, Porto ao Pôr-de-sol, 1674

terça-feira, julho 12, 2011

A desvalorização do trabalho

Nunca ousámos sequer pensar que iríamos enriquecer a trabalhar, mas estávamos longe de imaginar que iríamos empobrecer a trabalhar. Contudo, é isso que está a acontecer. Empobrecemos a trabalhar. Trabalhamos mais, auferimos menos. Parte do que nos é devido, é-nos subtraído. Estamos a ser alvo de um verdadeiro roubo institucionalizado. Enfim, tudo isto é triste, tudo isto é fado.

E ainda a procissão vai no adro.

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