Coreia do Norte, Manobras Militares, 2012
domingo, março 18, 2012
domingo, março 04, 2012
O neoliberalismo enquanto uma “revolução do mercado”
“Visto a partir da nossa época, é o ano de
1979 que deve ser qualificado de data-chave do final do século XX. De um triplo
ponto de vista, foi nessa época que se entrou na situação pós-comunista: com o
princípio do fim da União Soviética (após a invasão do Afeganistão pelo seu
exército), com a chegada ao poder de Margaret Thatcher e com a consolidação da
revolução islâmica no Irão, sob a liderança do aiatola Khomeini.
O chamado neoliberalismo, no fundo, mais não
foi do que um novo cálculo dos custos da paz interna nos países de «economia
mista» capitalista e social-democrata de estilo europeu ou do «capitalismo
regulado» à maneira dos Estados Unidos. O resultado dessa auditoria foi uma
conclusão inevitável: o partido dos chefes de empresa ocidentais pagara muito
caro pela paz social, sob a pressão política e ideológica provisória do Leste.
Considerou-se que chegara a hora de tomar medidas para reduzir os custos,
medidas que, pela sua tendência, transferiram o centro de gravidade do primado
do pleno emprego para a prioridade da dinâmica empresarial.”
(…)
“O quarto de século que se seguiu à
“revolução do mercado” concebida por Keith Joseph e implementada na
Grã-Bretanha por Margaret Tatcher em 1979 (que logo se espalhou por todo o
continente e por grande parte do mundo ocidental, em especial na América de
Reagan, 1981-1988, e de Clinton, 1993 – 2001) mostrou com que precisão esses
diagnósticos correspondiam à situação e a radicalidade das consequências que
dela se extraíam. Tal manifesta-se com maior clareza na duradoura tendência do
neoliberalismo – a longa marcha para o desemprego de massa que marcou o ritmo
do ponto de vista sociopolítico. A nova situação levou ao que era impensável
até então: as populações das nações europeias aceitaram, mais ou menos sem
luta, taxas de desemprego de 8% a 10% ou mais – até mesmo as reduções cada vez
mais sensíveis das prestações do Estado social não chegaram até agora para
reacender as chamas da luta de classes. As relações de soberania inverteram-se
de um dia para o outro: as organizações dos trabalhadores não têm muita coisa
na manga para exercer a ameaça efectiva, pois o privilégio da ameaça passou
quase exclusivamente para o lado dos empresários. Estes podem agora afirmar de
maneira bastante plausível que tudo vai ser ainda pior se a parte adversa se
recusar a entender e atender as novas regras do jogo.”
Peter
Sloterdijk (2006), Cólera e Tempo.
Relógio D’Água. 2010. Pág. 253-254
***
Vivemos já o tempo em que é o “partido
dos chefes de empresa ocidentais” que mais ordena. De acordo com Sloterdijk,
este domínio tornou-se total quando a alternativa que se podia contemplar a
Leste deixou, de um dia para o outro, de existir. De acordo com o filósofo, um
dos inesperados efeitos colaterais do comunismo soviético foi manter o “partido
dos chefes de empresa ocidentais” em sentido, face à possibilidade ameaçadora
da classe trabalhadora abraçar o sistema alternativo que se vislumbrava a
Leste, caso não fossem satisfeitas as condições por ela ambicionadas, entre as
quais o pleno emprego e a construção de um Estado social. Perante tal
possibilidade, os “chefes de empresa” anuíram frente aos trabalhadores na
concessão de tais condições e esse foi um factor que possibilitou a construção
de um Estado social europeu. Quando a queda do bloco de Leste, por fim, afastou
do horizonte essa possibilidade de secessão, o “partido dos chefes de empresa
ocidentais” alterou o seu posicionamento e iniciou o desmantelamento do Estado
social. Nas palavras do filósofo “o partido dos chefes de empresa ocidentais”
apercebeu-se que afinal estivera a pagar um preço demasiado elevado pela paz
social, pois o sistema que se vislumbrava a Leste afinal não era mais do que uma
espécie de fachada. Não são de estranhar pois, as palavras de Margaret
Thatcher, essa cabecilha do partido “dos chefes de empresa ocidental”, de que
“Não há alternativa”. Foi nesse momento que o Bloco de Leste e em particular a
União Soviética começavam a dar sinais de forte de erosão – a dificuldade em vencer
no Afeganistão, por exemplo - anunciadores de um futuro desmoronamento. Ufanava-se
então Thatcher, dizendo que já não havia alternativa pelo que agora o seu
partido teria rédea solta para quebrar a espinha ao forte movimento sindical
britânico e doravante poderia dar início ao desmantelamento do Estado social e
à prossecução de políticas que privilegiavam a dinâmica empresarial em
detrimento do primado do pleno emprego, até ai vigorante. O resultado da
política neoliberal rapidamente se notou com o aumento galopante do desemprego,
da pobreza e das desigualdades sociais. A sociedade - que na óptica de Thatcher
era afinal coisa que não existia, pois para ela apenas haviam indivíduos ou
grupos de indivíduos - tornou-se cada vez menos solidária, sendo a liberdade
individual e o sucesso empresarial erigidos a valores fundamentais. O
individualismo (o grande opositor do colectivismo) tornou-se o caldo de cultura
destas sociedades dessolidarizadas.
Em Portugal, qual Albânia do
Ocidente, registou-se sempre um hiato de décadas entre as tendências políticas
que vigoram no estrangeiro e as que se fazem sentir no país. No entanto a ideia
prevalecente entre a elite indígena de que o que vem de fora é que é bom,
melhor e mais moderno, leva a que os nossos conterrâneos, ilustres iluminados e
estrangeirados, acabem sempre por copiar essas modas ou tendências, ainda que
algumas, entretanto, já tenham passado de moda lá fora. Isto para dizer que o
neoliberalismo chegou tarde e a más horas a Portugal, mas chegou
implacavelmente, primeiro de forma insinuante pela mão de José Sócrates que lhe
preparou bem o terreno, e depois pela mão de Passos Coelho. Mas, na verdade, parece
que o neoliberalismo ainda não passou de moda lá fora. Que o diga David Cameron
do Partido Conservador, no poder no Reino Unido.
Hoje é o “partido dos chefes de
empresa ocidental” e pior do que esse, o partido de Wall Street, que dominam o mundo ocidental, para não dizer o
mundo inteiro*.
________________
Notas:
________________
Notas:
(*) - Ainda que hoje também existam, como
sabemos, "partidos dos chefes de empresa" orientais e empresas estaduais
chinesas, vivendo estas sob um regime de partido único.
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Neoliberalismo,
Peter Sloterdijk,
Política
sexta-feira, março 02, 2012
As soluções para a crise. Afinal é simples.
Mais competitividade.
Mais inovação.
Mais empreendedorismo.
Mais resiliência.
Mais confiança. (É preciso conquistar a confiança dos
mercados! Irra!)
E mais flexibilidade.
Força Mike, força! Estou contigo!
sábado, fevereiro 25, 2012
quarta-feira, fevereiro 22, 2012
Perguntem aos gregos, na rua.
Ao nível do contexto económico
europeu (e por extensão, mundial), vivemos uma situação parecida com a que imediatamente
precedeu a IIª Grande Guerra, quando Chamberlain ao aterrar no aeródromo de
Heston a 30 de Setembro de 1938, vindo de Munique, anunciou esfuziante ter
conseguido à última da hora um acordo com Hitler que garantiria a paz nos
tempos vindouros. Como sabemos, a guerra teve início logo no ano seguinte, a 1
de Setembro de 1939, quando as forças armadas alemãs atravessaram a fronteira polaca.
Hoje, da mesma forma, anuncia-se aos
quatros ventos um novo pacote de “ajuda” à Grécia que garantirá a recuperação
daquele país e, finalmente, o seu crescimento económico e o afastamento da
crise do horizonte, para todo o sempre. Pois bem, todos já percebemos: a “guerra”
vem aí.
Perguntem aos gregos, na rua.
O anúncio de Chamberlain "aos quatro ventos", exibindo na mão direita o Acordo de Munique.
terça-feira, fevereiro 21, 2012
O fracasso da escola
“A cultura consumista-hiperindividualista não é a encarnação do horror
cultural absoluto. Simplesmente, ressente-se da sua hipertrofia, de um triunfo
que não se preocupa o suficiente em erguer barreiras ao seu poder. Assim, a era
consumista não impede em absoluto o desenvolvimento de elites nem, mais
amplamente, a boa escolarização dos jovens para que, enquadrados pela família,
se salvem dos métodos escolares “expressivos”, das sitcom, dos chats, dos downloads de música, da
publicidade das marcas. Quando desaparece o contrapeso familiar, a ordem
consumista e a escola que lhe corresponde manifestam-se no seu fracasso. Sob a
bandeira da democratização, a nova era cultural é profundamente “desigualitária”;
é um êxito para alguns, para aqueles cujo enquadramento familiar põe limites à
expansão e ao poder dissolvente da cultura cool; é fatal para outros, para todos aqueles que, não apoiados pela sua
família, não encontram já nenhum suporte “institucional” para formar-se e
aprender.
Há que repeti-lo: a nossa escola não funciona. Pede uma mudança, sem
dúvida uma reforma intelectual profunda, para reorientá-la e colocá-la em
condições de honrar as suas promessas de educação e mobilidade social.»
Lipovetsky, Gilles;
Serroy, Jean (2010), La Cultura-Mundo – Respuesta
a una Sociedad Desorientada. Editorial Anagrama. Barcelona. Páginas 171-172
(Traduzido da edição
espanhola aqui pelo muchacho)
A obra existe em Portugal:
Lipovetsky, Gilles; Serroy, Jean (2010), A Cultura Mundo – Resposta a Uma Sociedade
Desorientada. Edições 70.
***
Ainda aprendemos e ensinamos na anacrónica
escola da Era Industrial. A escola ainda funciona como uma espécie de linha de
montagem. A entrada e saída de alunos e professores nas e das salas de aula, por
exemplo, faz-se ao ritmo de pavlovianas campainhas (quais sirenes fabris). E o
conhecimento nas salas de aula ainda se transmite em doses empacotadas. Isto
quando fora da escola (e dentro dela também) e em todo o lado, a informação se
encontra disponível para quem a queira colher. Informação omnipresente, mas também
excesso de informação. Selvas de informação onde nos perdemos e enredamos. Mas
já não a Era do deserto da informação. Que fazer então? Se vivemos na Era da
Informação, porquê uma escola da Era Industrial? O resultado de tudo isto é a
promoção de uma reprodução social que mantém os pobres na pobreza e os ricos na
riqueza (e não falamos apenas da pobreza material). E não me venham com essa de
que pobres sempre haverá. Mas era suposto que a escola enriquecesse? Era (e
mais uma vez não falamos de riqueza material)! Mas neste jogo jogam sempre outros
factores, não é verdade? Muito se esforçam os que dentro da própria escola
laboram, mas a questão transcende-os, pois esta escola é demasiado importante
para que seja deixada apenas ao cuidado dos que dela bem cuidam e estimam.
Esta escola, tal como existe, não
honra efectivamente as suas “promessas de educação e mobilidade social”. Antes
pelo contrário, contribui para a manutenção das desigualdades sociais e para a
reprodução social. É assim que as elites
o desejam, não vá a sua posição ser posta em causa pela mobilidade ascensional
dos filhos da ralé. Não vá deixar de haver ralé. É que a ralé afinal é precisa.
Afinal, como dizia Almeida Garret, que não consta que fosse comunista: quantos
pobres são necessários para se produzir um rico?
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segunda-feira, fevereiro 20, 2012
O que aconteceu naquele dia em Cajamarca
John Everett, Pizarro Seizing The Inca of Peru, 1846
***
Excerto da obra de Jared Diamond (1997), Armas Genes e Aço:
O que aconteceu naquele dia em Cajamarca é
bem conhecido, visto ter sido registado por escrito por muitos participantes
espanhóis. Para termos uma ideia daqueles acontecimentos, vamos ressuscitá-los
combinando excertos de relatos de seis companheiros de Pizarro, incluindo os
seus irmãos Hernando e Pedro, testemunhos oculares:
domingo, fevereiro 19, 2012
Rumos e acontecimentos
Nos momentos de crise, de
verdadeira crise, existem dois tipos de pessoas que se distinguem quanto às
decisões que tomam e às acções que empreendem, em função da análise que realizam
da sua circunstância ou, se quisermos, da realidade: as que pressentem, ou
percebem antecipadamente, para onde os acontecimentos as poderão levar, e as
que acabam por ser levadas pelos acontecimentos.
Um mundo multipolar?
Na realidade ainda não estamos lá. Vivemos na Era da Hiperpotência, que teve início com o findar da Guerra Fria, quando deixou de haver duas superpotências e passou a existir apenas uma. O que temos hoje? Uma hiperpotência decadente em trajectória descendente e um conjunto de potências emergentes em trajectória ascendente.
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