Fotografia de Vincent J. Musi
sábado, julho 08, 2017
quinta-feira, julho 06, 2017
Substancial, incidental e fatal
Como brincam com as palavras os políticos.
A coisa é muito grave,
mas releva do campo do incidental,
não do substancial. Há que
distinguir as coisas e os nossos aliados sabem distingui-las, garante o ministro Augusto Santos Silva, ou seja, trata-se de um incidente muito grave, o dos paióis,
mas não é substancial.
Contudo poderá vir a ser fatal. É aí que
reside o problema.
Um poema de O'Neill
A força do hálito
A força do hálito é como o que tem que ser.
E o que tem que ser tem muita força.
Vai (ou vem) um sujeito, abre a boca e eis que a gente,
que no fundo é sempre a mesma,
desmonta a tenda e vai halitar-se para outro lado,
que no fundo é sempre o mesmo.
Sovacos pompeando vinagres e bafios,
não são nada --bah...-- em comparação
com certos hálitos que até parece que sobem do coração.
"Ai onde transpira agora
o bom sovaco de outrora!"
Virilhas colaborando com parentesis ou cedilhas
são autênticas (e sem hálito) maravirilhas.
Quando muito alguns pingos nos refegos, nas braguilhas,
amoniacal bafor que suporta sem dor
aquele que está ao rés de tal teor.
Mas o mau hálito é pior que a palavra
sobretudo se não for da tua lavra.
Da malvada, da cárie ou, meudeus, do infinito,
o mau hálito é sempre, na narina,
como o baudelaireano, desesperado grito
da "charogne" que apodrecer não queria.
Alexandre O'Neill (1969)
Mais poemas de Alexandre O'Neill, e mais, muito mais: aqui.
A força do hálito é como o que tem que ser.
E o que tem que ser tem muita força.
Vai (ou vem) um sujeito, abre a boca e eis que a gente,
que no fundo é sempre a mesma,
desmonta a tenda e vai halitar-se para outro lado,
que no fundo é sempre o mesmo.
Sovacos pompeando vinagres e bafios,
não são nada --bah...-- em comparação
com certos hálitos que até parece que sobem do coração.
"Ai onde transpira agora
o bom sovaco de outrora!"
Virilhas colaborando com parentesis ou cedilhas
são autênticas (e sem hálito) maravirilhas.
Quando muito alguns pingos nos refegos, nas braguilhas,
amoniacal bafor que suporta sem dor
aquele que está ao rés de tal teor.
Mas o mau hálito é pior que a palavra
sobretudo se não for da tua lavra.
Da malvada, da cárie ou, meudeus, do infinito,
o mau hálito é sempre, na narina,
como o baudelaireano, desesperado grito
da "charogne" que apodrecer não queria.
Alexandre O'Neill (1969)
***
Mais poemas de Alexandre O'Neill, e mais, muito mais: aqui.
segunda-feira, julho 03, 2017
Foi você que pediu uma granada
Imagine que está a comer tranquilamente num restaurante e lá
para dentro rebola uma das granadas furtadas em Tancos. Não se
preocupe, pois o ministro assevera-nos que se trata apenas de uma granada ofensiva.
As defensivas são mais letais.
O ministro da Defesa ainda está sentado no seu lugar?
O Chefe do Estado-Maior do Exército ainda está sentado no
seu lugar?
O que aconteceu em Tancos é inadmissível. Não é apenas
grave, é gravíssimo.
Seria bom que as armas fossem descobertas rapidamente, não
interessa onde, antes que rebentem por aí, ou por aqui.
Outra coisa: colocar Tancos dentro do mesmo saco que
Pedrógão Grande quanto a apuramento de responsabilidades e suas consequências
políticas, como já ouvi de alguns comentadores, é pura desonestidade
intelectual. Mas enfim, a politiquice cala mais fundo e estes senhores não resistem
à tentação e à pulhice.
sábado, julho 01, 2017
Insucesso escolar e pobreza
Ora é aqui que está a questão. Deviam lembrar-se disto
os que fazem a leitura dos rankings das escolas, comparando resultados entre o
ensino privado e o ensino público, apontando baterias a este último.
Portugal, país mui católico, se atendermos ao número de
crentes, é um dos países da Europa onde as desigualdades sociais entre ricos e pobres é o mais
alargado e onde a pobreza grassa. Os doutos que apontam o dedo às escolas públicas e ao ensino que lá
se presta, baseando-se nos resultados dos exames nacionais, deviam lembrar-se desta
realidade.
Neste país mui católico parece que são precisos pobrezinhos para que haja
caridadezinha. Para isso os pobrezinhos dão muito jeitinho.
sexta-feira, junho 23, 2017
O deboche da reportagem
Não poderia deixar de estar mais de acordo com o que escreve António Guerreiro, aqui. Nem há palavras. António Guerreiro disse-as todas, bem ditas e pesadas. É o que penso sobre grande parte das reportagens da tragédia de Pedrogão Grande. Um deboche de reportagens que se converteu num regabofe ao voyeurismo boçal.
Até se arranjou um nome hollywoodesco para a estrada EN 236-1: "A Estrada da Morte".
Vivemos na sociedade do espectáculo no seu pior. (*)
Muitos jornalistas deveriam cultivar-se mais, estudar mais e cuidar das ideias. Deveriam voltar a estudar Ética nos bancos da Universidade, se é que alguma vez a estudaram, para que se respeitassem mais e nos respeitassem, que gostamos de ser e de estar informados, com qualidade.
Afinal informar também é educar. Mas como poderão os jornalistas educar se não forem bem educados? Alguns, inadvertidamente, ou talvez não, parecem conceber a informação como se de um espectáculo se tratasse e as reportagens como se fossem uma espécie de filmes de hollywood.
----------
(*) Lembrei-me de uma notícia de há muitos anos sobre a indecisão acerca de um título a colocar num novo filme do 007. Os que escolhiam o título acabaram por concluir que se as palavras "morrer" ou "matar", ou qualquer outra associada à morte, integrassem o título do filme, mais gente iria vê-lo. Era uma questão comercial. E assim lá escolheram o título: Tomorrow Never Dies ou Die Another Day (foi um destes, não posso precisar qual).
sábado, junho 17, 2017
Um súbito despertar em sobressalto
O último teste para esta projecção da Terra-mãe na totalidade mundana começou com a crise ecológica da Terra, que é, simultaneamente, a primeira crise da humanidade. Esta crise actual da mundaneidade vai mais fundo do que as que surgiram sob a pressão das religiões de redenção e da antiga apocalíptica. Porque para a humanidade actual torna-se, pela primeira vez, verdadeiramente visível na sua totalidade a sua casa comum real no momento da sua destruição. Na tentativa dos povos de mudarem para ela, descobrem-na como algo que já está inexoravelmente em vias de devastação. Esta crise da mundaneidade põe à partida em questão o poder-ser-casa da Terra e o poder habitar da humanidade.
Peter Sloterdijk, O Estranhamento do Mundo, Relógio D’Água.
2008. Pág. 218.
***
Suprema ironia. No preciso
momento em que, pela primeira vez, vislumbramos o planeta que nos acolhe, na sua
totalidade, tomamos consciência da devastação que o consome e que nos poderá
vir a consumir. É como se acordássemos subitamente, sobressaltados, numa casa
em chamas. É preciso fazer algo para nos salvarmos e salvarmos o lar “que já está inexoravelmente em vias de
devastação”.
Suprema ironia. Quando dormíamos, o nosso sono era reparador e profundo, alheio a todos os perigos. Foi preciso acordar para nos apercebermos da nossa fragilidade e dos efeitos secundários dos actos que cometíamos enquanto sonâmbulos. Agora toda a Terra é a nossa circunstância, sem a qual não há Eu que resista. Vivemos também uma crise de mundaneidade (e não só ecológica), pois só quando o Homem vislumbra a Terra na sua totalidade se apercebe da própria Humanidade que o planeta encerra. Não é apenas a Terra que é vislumbrada na sua totalidade, mas também a Ecúmena.
Suprema ironia. Quando dormíamos, o nosso sono era reparador e profundo, alheio a todos os perigos. Foi preciso acordar para nos apercebermos da nossa fragilidade e dos efeitos secundários dos actos que cometíamos enquanto sonâmbulos. Agora toda a Terra é a nossa circunstância, sem a qual não há Eu que resista. Vivemos também uma crise de mundaneidade (e não só ecológica), pois só quando o Homem vislumbra a Terra na sua totalidade se apercebe da própria Humanidade que o planeta encerra. Não é apenas a Terra que é vislumbrada na sua totalidade, mas também a Ecúmena.
Poderíamos colocar aqui algumas objecções
ao parágrafo do Sloterdijk: quão inexorável é esse processo de devastação? “Inexorável”
é uma palavra forte, em rota de colisão com a nossa civilização que teima em resistir
e em confrontar tudo quanto é desafio, em particular os desafios que ameaçam a sua
própria existência. Será assim tão inexorável a devastação ao ponto de ser
irreversível? Logo agora que tomámos consciência da devastação, é tarde demais
para agir? Neste momento em que acordámos, vamos já assumir que o planeta “está inexoravelmente em vias de devastação”?
Ou estaremos negação, não querendo assumir a inexorabilidade de um apocalipse?
Só um deus pode salvar-nos, disse
um filósofo do pessimismo. Pessimismo ou realismo?
A última frase do parágrafo é
muito questionável num dos seus termos: não é “o poder-ser-casa” da Terra que
está em questão. A Terra já deu provas do seu “poder-ser-casa”. O que está em
causa é o poder habitar da Humanidade.
O que está em causa é o habitante e não a casa. A casa, para dizer a verdade,
já teve outros habitantes, noutras circunstâncias.
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Ambiente,
Filosofia,
Peter Sloterdijk
quarta-feira, junho 14, 2017
O "charuto" vertical
Hoje as câmaras do mundo
estiveram focadas num prédio londrino de 24 andares que ardeu por completo,
como um charuto vertical.
***
O urbanismo associado a concepções
de alojamento massivo de população desfavorecida em altos edifícios
residenciais, há muito que deu mostras de ser um urbanismo falhado que não
se adequa à vida de uma cidade que se quer relacional. Os mais pobres são alojados e arrumados em pombais humanos, onde os riscos se
acumulam com o passar do tempo – e às vezes nem é preciso muito tempo – até redundarem
em catástrofes. No Reino Unido já era clássico o caso do colapso de Ronan Point,
Caning Town, no Borough de Newham em Londres, em 1968, causado por uma explosão num fogão a gás (tinham passado apenas
dois meses após a chegada dos primeiros moradores). A tragédia de hoje
ultrapassa, de longe, a do colapso de Ronan Point.
terça-feira, junho 13, 2017
That 2,000 Yard Stare
Tom Lea, That 2,000 Yard Stare, 1944.
Daqui.
***
***
Adeus gloriosa guerra
Jamais gloriosa
Vitoriosa guerra
Jamais vitoriosa
A senda que à guerra conduz
À derrota conduz
(A guerra é sempre uma derrota)
(A guerra é sempre uma derrota)
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