sexta-feira, março 25, 2011

Esgotados e falidos

Esgotadas as especiarias da Índia.

Esgotado o ouro do Brasil, o marfim, o ouro e os diamantes de África

Esgotados os subsídios da União Europeia. Foi então hora de partir ao assalto do crédito. Endividaram-se. Endividaram-nos.

Esgotado agora o crédito, as elites, mal habituadas, continuam a precisar de dinheiro, muito dinheiro. Estão mais dependentes de dinheiro do que os demais, para quem meia pataca já é muito.

É uma história antiga.

Que venha então o FMI, dizem. Estão agora disponíveis para governar com o FMI.

Pudera!

quinta-feira, março 24, 2011

terça-feira, março 22, 2011

domingo, março 20, 2011

Outra Europa, outro mundo



E não pode mesmo. Doutra forma, esta Europa não valerá a pena. Mais valerá então sairmos dela, para regressarmos a esse mundo onde estivemos desde o século XV até 1986 e do qual saímos para "entrar" na Europa. E deveremos regressar pelo Atlântico, de preferência.

O Brasil, a Índia, a China, Angola e porque não, Timor, são logo ali ao dobrar do Oceano, para lá do horizonte. Estão mais próximos de nós do que parece. E amanhã a hora será deles, se não é já hoje. Afinal só iríamos reencontrar velhos amigos, companheiros de jornada de longa data.

Se os europeus, de além Pirinéus, persistirem na imposição dessa "banha da cobra" de uma Europa "bancoburocrática", então teremos de recusar. Será hora de zarpar. Sair da Europa tão depressa como nela entrámos. Por que não?

O assalto neoliberal

Começou o assalto. Alguns elementos dos partidos que ao longo da última década enterraram Portugal, já andam para aí a ponderar um “entendimento”*. Eles, que são o problema, querem agora apresentar-se como solução.

Mas a realidade é que o terreno foi adubado e preparado para a incursão neoliberal que se avizinha. Quem governa já o lavrou, empurrado pela União Europeia. Só falta o semeador, ou melhor, o privatizador.

Serão despedidos funcionários públicos e privatizados serviços do Estado, como as escolas e os hospitais, esses focos de despesa, essas ineficiências. No desespero, saqueia-se o Estado.

A maioria dos cidadãos, se quiser educar-se, tratar-se ou curar-se, terá de pagar às empresas fornecedoras de tais serviços. Os ricos ficarão mais ricos e os pobres mais pobres (processo que já teve o seu início). O Estado social recuará em toda a linha (aliás, esse recuo também já começou há algum tempo).

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(*) – Pires de Lima no congresso do CDS.

sexta-feira, março 11, 2011

Austeridade

Fim de festa?

Para todos os que agora jocosamente se regozijam com anúncios de fim de festa, reponho novamente este postal.


Pieter Bruegel "o Velho", A Dança do Casamento (c. 1566)

Até porque nunca devemos baixar os braços. Nem os braços, nem o resto.

quarta-feira, março 09, 2011

Lampedusa


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Adenda
Dirão: não é Lampedusa, é um barco cheio de imigrantes clandestinos. Lampedusa é uma pequena ilha no meio do mar Mediterrâneo.
Não, direi eu! Lampedusa é um barco cheio de imigrantes clandestinos (ou refugiados se quiserem), no meio do mar Mediterrâneo.
Esta fotografia é, toda ela, uma metáfora.

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