Julio Romero de Torres (1874 – 1930)
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Adelina em Passeio
Não tem laranjas o mar,
nem Sevilha tem amor.
Morena, que luz de fogo.
Empresta-me o guarda-sol.
Pôr-me-á a cara verde
- sumo de lima e limão -,
tuas palavras – peixinhos –
virão nadar em redor.
Não tem laranjas o mar.
Ai amor.
Nem Sevillha tem amor!
Não tem laranjas o mar,
nem Sevilha tem amor.
Morena, que luz de fogo.
Empresta-me o guarda-sol.
Pôr-me-á a cara verde
- sumo de lima e limão -,
tuas palavras – peixinhos –
virão nadar em redor.
Não tem laranjas o mar.
Ai amor.
Nem Sevillha tem amor!
Garcia Lorca (1898-1936), traduzido pelo poeta Eugénio de Andrade.
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Música: “Pantomina” de Manuel de Falla (1876 – 1946)
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O que me encanta na Andaluzia?
Talvez a lua nas noites de estio.
Talvez as esguias silhuetas das andaluzas ao luar,
esgueirando-se nas ruas estreitas e serpenteantes
onde ecoam as guitarras e soa o flamenco.
Nas bodegas escondidas e animadas, dançam e cantam.
Talvez os laranjais aromáticos.
O Guadalquivir, o Darro e o Genil.
Sevilha, Córdova e Granada.
A Serra Nevada, quente e gelada.
Talvez as brancas e apinhadas aldeias de Jerez. O quente sabor do vinho.
A frescura da tarde, nas margens dos rios…
O flamenco e a guitarra, mais uma vez!
A pintura, a poesia e a dança.
O sangue e a tourada. A vida e a morte.
Talvez o que cantam os poetas andaluzes, os de agora e os de sempre,
Sim, esses mesmos, os que quando cantam parece que estão sós.
Talvez o mar andaluz, Atlântico e Mediterrânico.
E sem dúvida, a fiesta e a siesta.
Errar na Andaluzia é um prazer.
Também nas minhas veias corre sangue andaluz.
E sei-o porque o sinto.
Talvez a lua nas noites de estio.
Talvez as esguias silhuetas das andaluzas ao luar,
esgueirando-se nas ruas estreitas e serpenteantes
onde ecoam as guitarras e soa o flamenco.
Nas bodegas escondidas e animadas, dançam e cantam.
Talvez os laranjais aromáticos.
O Guadalquivir, o Darro e o Genil.
Sevilha, Córdova e Granada.
A Serra Nevada, quente e gelada.
Talvez as brancas e apinhadas aldeias de Jerez. O quente sabor do vinho.
A frescura da tarde, nas margens dos rios…
O flamenco e a guitarra, mais uma vez!
A pintura, a poesia e a dança.
O sangue e a tourada. A vida e a morte.
Talvez o que cantam os poetas andaluzes, os de agora e os de sempre,
Sim, esses mesmos, os que quando cantam parece que estão sós.
Talvez o mar andaluz, Atlântico e Mediterrânico.
E sem dúvida, a fiesta e a siesta.
Errar na Andaluzia é um prazer.
Também nas minhas veias corre sangue andaluz.
E sei-o porque o sinto.
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