segunda-feira, março 24, 2008

Lá, onde o Douro se afunda...

Lá, nas altas escarpas onde os grifos nidificam e o Douro se afunda, sopra um vento seco e gélido ao entardecer. Paradoxalmente, em Portugal, conseguimos estar longe de Portugal. Sentamo-nos em silêncio numa rocha e escutamos o rumor das águas que em pequenas cascatas, entre amieiros e salgueiros, se dirigem do pequeno tributário para o rio principal e deste para o mar longínquo. Subimos a sinuosa calçada romana de Alpajares até ao castro, e lá do alto, alongámos o olhar. A paisagem é deslumbrante. Posteriormente aos romanos chamaram à calçada, “Calçada do Diabo”, facto que atesta o retrocesso civilizacional dos povos que lhes sucederam. A calçada foi obra de homens. Homens práticos e organizados, sem dúvida. Obra de romanos.

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