domingo, setembro 14, 2008

O lugar que o Verão nunca abandona


Felizes os que aqui residem, pois deles o Verão nunca se aparta.

Quem por aqui se passear, entre a Foz e o Álamo, sentirá a sua presença.
Ele aqui permanece, numa indolência sem fim.
Retirado de todos os lugares, mas não deste.

Já prepara agora, a sua cama...

Repousará,
à sombra das figueiras de largas folhas,
Entre os renques das videiras,
E em todas as vinhas.

Repousará,
À sombra das oliveiras divinas.

Repousará,
Junto ao grande rio do Sul,
de águas calmas e aconchegantes,
(sempre frescas, mas nunca frias).

Repousará,
Junto das alfarrobeiras, dos gatos e dos homens,
(que com gestos antigos acarinham a terra).

Já próximo do mar infinito,
Repousará.

E em Junho, por fim,
Quando soar o solstício,
Sairá,
Mas sem nunca abandonar este lugar.

Os que aqui residem,
Entre a Foz e o Álamo,
Têm no calor da sua presença,
A permanente alegria da sua vida.

14 de Setembro de 2008



Sem comentários:

Enviar um comentário

Etiquetas