Em primeiro lugar, servem-se a eles mesmos: servem depois os seus partidos, o que significa que servem os financiadores da sua política e das suas campanhas eleitorais, grupos que detêm o poder económico e financeiro, grupos de interesses que, não estando no poder político, o querem condicionar, de forma a que se mantenha o status quo que assegura a sua dominância na sociedade.
O Estado e a intervenção pública nunca se opuseram à especulação financeira. Raramente o Estado protegeu o interesse da maioria dos cidadãos, sempre que este se confrontou com os interesses de poderosos grupos financeiros, dos especuladores e das multinacionais.
Após as eleições, rapidamente são esquecidas as promessas eleitorais e quem governa passa a decidir de acordo com os interesses dos poderosos que os apoiaram ou financiaram o seu partido na campanha eleitoral.
Os governos exigiram durante anos consecutivos, sacrifícios aos eleitores, aos contribuintes, preocupados, diziam, com a contenção do deficit orçamental. As suas políticas, diziam, eram principalmente determinadas pela preocupação em conter a despesa pública. Os serviços públicos deterioraram-se, alguns encerraram, outros perderam qualidade. Os serviços privados aproveitaram essa perda de qualidade para conquistarem novos mercados. E eis que, ao primeiro tropeção do sistema financeiro, à primeira aflição dos lucrativos bancos, chovem milhões de euros em seu apoio. O Estado português garante-lhes agora milhões, mais concretamente, 11,7% do PIB nacional! Aparecem milhões, como quem tira magicamente coelhos de uma cartola!
Os milhões de euros que vão ser injectados no mercado moribundo, para agrado dos especuladores, poderiam ter melhor aplicação: por exemplo, na construção de escolas, hospitais, estradas, formação e qualificação profissional, melhoria dos serviços públicos em geral, apoio aos desempregados, idosos e deficientes, no combate à pobreza, na melhoria do ambiente, na investigação científica, na redução da dependência energética, etc.
O Estado e a intervenção pública nunca se opuseram à especulação financeira. Raramente o Estado protegeu o interesse da maioria dos cidadãos, sempre que este se confrontou com os interesses de poderosos grupos financeiros, dos especuladores e das multinacionais.
Após as eleições, rapidamente são esquecidas as promessas eleitorais e quem governa passa a decidir de acordo com os interesses dos poderosos que os apoiaram ou financiaram o seu partido na campanha eleitoral.
Os governos exigiram durante anos consecutivos, sacrifícios aos eleitores, aos contribuintes, preocupados, diziam, com a contenção do deficit orçamental. As suas políticas, diziam, eram principalmente determinadas pela preocupação em conter a despesa pública. Os serviços públicos deterioraram-se, alguns encerraram, outros perderam qualidade. Os serviços privados aproveitaram essa perda de qualidade para conquistarem novos mercados. E eis que, ao primeiro tropeção do sistema financeiro, à primeira aflição dos lucrativos bancos, chovem milhões de euros em seu apoio. O Estado português garante-lhes agora milhões, mais concretamente, 11,7% do PIB nacional! Aparecem milhões, como quem tira magicamente coelhos de uma cartola!
Os milhões de euros que vão ser injectados no mercado moribundo, para agrado dos especuladores, poderiam ter melhor aplicação: por exemplo, na construção de escolas, hospitais, estradas, formação e qualificação profissional, melhoria dos serviços públicos em geral, apoio aos desempregados, idosos e deficientes, no combate à pobreza, na melhoria do ambiente, na investigação científica, na redução da dependência energética, etc.
Em vez disso, apoiam-se os bancos e os especuladores financeiros.
Afinal, a quem servem os que nos governam?!
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