segunda-feira, setembro 12, 2011

Entretanto, entre os sonâmbulos das “nações afortunadas”

Quem poderia contestar que os alarmistas, como sempre, têm quase inteiramente razão? Os habitantes das nações afortunadas avançam o mais das vezes como sonâmbulos no pacifismo apolítico. Passam os dias numa insatisfação dourada. Entretanto, nas margens da zona de felicidade, os que nos importunam e até os seus verdugos virtuais mergulham nos manuais da química dos explosivos – requisitados às bibliotecas públicas dos seus países de acolhimento.

Peter Sloterdijk (2006), Cólera e Tempo, Relógio D’Água, 2010, pág. 60

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