No mundo pós-político põem-se os
mercados e as suas leis da concorrência a governar em vez de políticos,
bastando "contratar" técnicos, “peritos” no funcionamento dos mercados-máquina.
Gasparzinhos. Bastam os mercados, com as suas leis da concorrência e os seus
mecanismos, para que o mundo bem funcione, defendem eles. Então, uma “mão
invisível” colocará tudo – a economia, a sociedade, as famílias, os indivíduos,
etc. - nos seus eixos. Até os indivíduos deverão funcionar como
se fossem empresas. Tudo, todas as decisões que tomam, deverá ser
sopesado em termos de receitas e custos. Só então o mundo se tornará num
lugar melhor, e garantido será o futuro.
Mas até estes “gasparzinhos” estão
sujeitos aos caprichos dos mercados e estes nem sempre se comportam de acordo
com os cálculos daqueles. Então, por vezes, as decisões que para os “gasparzinhos”
eram certas ou quase certas, são adiadas
ou suspensas, pois os mercados nem sempre são propícios, tal como os ventos. Assim se compreende que o nosso Gaspar,
coitado, tenha adiado a retoma dos subsídios dos funcionários públicos e das pensões lá para 2015. Antes,
os mercados não querem, e depois, só os mercados determinarão. Não ousemos
sondar os desígnios dos mercados. Ámen.
PS - E em 2015 até calha bem: é ano de eleições.
PS - E em 2015 até calha bem: é ano de eleições.