(Fotografia, tirada daqui)
Já nos tínhamos dado conta deste buraco financeiro maior do que o mundo, aqui. Na verdade, não é um buraco colossal, é um abismo universal, um sorvedouro do rendimento dos trabalhadores, dinheiro ganho com o suor do rosto de mulheres e homens que trabalham diariamente e nisso se ocupam, alheios aos que nas suas costas fazem negociatas que os oneram, porque como bem diz o Xatoo, "cerca de 75% da tributação entregue ao Estado provém de impostos colectados sobre os trabalhadores". Os contribuintes que trabalham estão por isso a ser convocados injustamente para tapar um buraco que não é da sua responsabilidade, com a conivência de governos por si eleitos, mas que, uma vez no "Poder" (entre aspas porque o poder já não mora ali), passam a servir outros interesses. São estes governantes, verdadeiros parasitas da democracia, porque se alojam no corpo do Estado e o sugam até ao tutano, sugando os rendimentos de quem trabalha, sugando o rendimento dos contribuintes, muito para além do que é razoável e justo. Aniquiladores do estado democrático, aniquiladores do Estado Providência, que cada vez mais, providencia menos, até definhar, como é da natureza dos corpos parasitados. E pior do que isso, é a própria democracia que definha.
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Uma vez mais se impõem estas questões: quem são os responsáveis por esta situação? Quem é o responsável? Quem defendia um mercado auto-regulado, ou por outras palavras, um mercado desregulado? Quem venceu com a desregulação do mercado?
Já sabem agora os portugueses, o que é o neoliberalismo?